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domingo, 23 de outubro de 2011

Irã rejeita ameaças dos EUA de sanções ao banco central

TEERÃ (Reuters) - O Irã rejeitou neste sábado as ameaças dos Estados Unidos de impor sanções econômicas ao banco central do país árabe em resposta a um suposto plano de assassinato, afirmando que as Nações Unidas bloqueariam esse plano e outros bancos centrais não o aceitariam.
 
O governador do banco central, Mahmoud Bahmani, afirmou que as acusações de que o Irã planejou o assassinato do embaixador saudita em Washington -- já apontado por Teerã como uma invenção -- não devem ser usadas como desculpa para minar uma economia já sob diversas sanções devido a suas atividades nucleares.

"Essa (acusação) é uma discussão política e muitos países não vão apoiar essa decisão", afirmou Bahmani, segundo a agência de notícias ISNA.

"A ONU não compraria essa ideia e nem os bancos centrais mundiais", disse em referência ao comunicado de Washington na semana passada de que considerava sanções ativas contra o banco central iraniano.

Os EUA e a União Europeia já determinaram quatro rodadas de sanções por meio das Nações Unidas, para o país devido ao seu programa nuclear e impuseram medidas unilaterais que desencorajaram os investimentos ocidentais no setor de petróleo do Irã.

Impor sanções ao banco central tornaria mais difícil ao país receber pagamentos pelas exportações, principalmente de petróleo.

Um membro da Câmara de Comércio do Irã afirmou que sanções ao banco central teriam "consequências muito pesadas".

"Sanções ao banco central certamente teriam um forte peso... um peso que poderia não ser suportado por nossa economia em transição", afirmou Massoud Daneshamnd, segundo a agência de notícias ILNA.

Após as alegações dos EUA de um plano de assassinato - que muitos especialistas do Irã consideram fracas - Washington e a UE impuseram sanções contra alguns iranianos que disseram que estavam por trás do plano, porém, essa retaliação era esperada.

O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que está empenhado em mobilizar a comunidade internacional para garantir que o Irã fique cada vez mais isolado.

(Reportagem adicional de Hashem Kalantari e Mitra Amiri)

Pesquisado da Reuters

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