A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira, durante reunião no G-20, em Cannes, na França, que os países emergentes estão prontos para dar sua contribuição no combate às mudanças climáticas, mas sem imposição financeira adicional.
Dilma reiterou que as responsabilidades são comuns, mas há compromissos diferenciados na questão climática. A presidente lembrou o compromisso das nações ricas de fornecer ajuda de US$ 10 bilhões anuais para que países em desenvolvimento possam trabalhar no combate às mudanças climáticas.
Ela defendeu, diante dos outros líderes das maiores economias do mundo, que as ações dos governos sejam completadas com iniciativas do setor privado. E reiterou que essas ações não podem ter imposições intransponíveis.
Rio+20 x G-20
O Brasil vai sediar a Rio+20, a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, em junho do ano que vem, no Rio de Janeiro. Mas agora apareceu um problema: a próxima cúpula do G-20. O México vai organizar o encontro anual desse diretório econômico do planeta em junho de 2012, provavelmente no fim do mês. Já a Rio+20 está prevista para ser realizada entre os dias 4 e 6. A constatação entre certos negociadores é óbvia: muitos chefes de Estado não vão querer estar duas vezes na América Latina em curto espaço de tempo.
Ao contrário da França, que fez uma agenda ambiciosa e foi atropelada pela crise, o México já avisou que vai reduzir bastante a agenda da cúpula em 2012. Inclusive porque haverá pouco tempo. O presidente Felipe Calderón quer fazer o encontro em junho porque parece inevitável sua derrota na eleição presidencial mexicana em julho.
A expectativa é de que o México terminará propondo a discussão do próprio papel do G-20. Para muita gente, o grupo está se tornando é um G-2, dominado por EUA e China.
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