Guerrilheiro Virtual

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Matar ou morrer: Gaddafi estuprado

Laerte Braga
A melhor forma de não se debater um tema, um assunto, é colocar um rótulo no antagonista. Ou seja, alguém apresenta um rol de argumentos sobre determinado ponto e o outro ao invés de replicar com argumentos contrários, rotula.

E o faz na tentativa de desqualificar, evidenciando a absoluta ausência de um contraditório. Nos dias atuais alguns rótulos são como que figurinhas carimbadas. “Ajuda humanitária”, “corrupto”, “armas químicas e biológicas”, “armas de destruição em massa” e uma absoluta inversão do significado lato senso do que sejam direitos humanos.

Você pode executar em nome da lei um condenado à morte com dúvidas razoáveis sobre sua culpabilidade (caso de Troy Jones nos EUA) e simplesmente arrasar a Líbia em nome da liberdade e da “ajuda humanitária”, desde que o petróleo fique a salvo e em poder das grandes empresas do setor.

O estupro de Gadaffi é apenas um detalhe nesse mundo cínico e perverso do capitalismo nazi/sionista que leva o primeiro ministro de Israel a dizer ao mundo que o gigante nuclear do Oriente Médio e principal acionista dos EUA, tem como primado político “matar ou morrer”.

Deve ser por isso que mataram vários dos integrantes de uma flotilha da paz que ia levar ajuda a população de Gaza submetida a um bloqueio terrorista.

Ajuda humanitária, nesse caso, é outra história.

É claro que há uma diferença abissal entre judeus e sionistas. Dentro do Estado de Israel é forte a oposição ao governo nazi/sionista de Benjamin Netanyahu. Na semana passada uma soldado do exército de Israel foi julgada sob a acusação de revelar documentos secretos da MOSSAD e do governo como um todo. Os tais documentos tratavam do assassinato puro e simples de lideranças árabes consideradas perigosas para Israel.

Cidadãos judeus de Israel que tentam estabelecer políticas de cooperação com árabes residentes em Israel e buscam formas de luta para o reconhecimento do Estado Palestino são tratados como inimigos de Estado pelos governos israelenses desde a ascensão de Ariel Sharon, um breve período após o assassinato de Itzak Rabin, primeiro ministro que assinou um acordo de paz com Yasser Arafat. O acordo implicava na devolução de terras roubadas a palestinos, tanto quanto no Estado Palestino, previsto pela resolução da ONU que criou Israel. Rabin foi assassinado por um judeu ortodoxo, logo, fanático, ligado a grupos sionistas, no evento que comemorava a paz. Atribui-se a Ariel Sharon, general e mais tarde primeiro ministro, a orquestração do atentado.

Tudo isso desemboca, esse terrorismo de Estado, num conluio entre sionistas norte-americanos (banqueiros, grandes empresários, Partido Republicano, setores do Partido Democrata) e radicais de extrema-direita no poder em Israel desde a morte Rabin.

Nem EUA e nem Israel são nações. Formam hoje um poderoso conglomerado terrorista, montados em arsenal nuclear capaz de destruir o planeta cem vezes. Grupos sionistas são os acionistas majoritários de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
Num momento de crise do capitalismo a boçalidade desse complexo cresce de forma incomensurável e ganha contornos de estupidez nunca vistos na história da humanidade. Controla a Comunidade Europeia – falida – estende seus tentáculos na mídia em todo o mundo – a desinformação, a deturpação dos fatos – mantém a OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – como braço terrorista na Europa (uma espécie de divisão de custos nas guerras terroristas que mantêm) e ocupam através de tratados de livre comércio países em todos os cantos do mundo, inclusive o Brasil. Esses tratados são como cavalos de Tróia para avanços noutros setores.

O medo é a principal arma dos nazi/sionistas. Infundem pelo terror e por ações de barbárie essa sensação nas pessoas, impedindo uma reação mais precisa e, principalmente, levando judeus a crer que defendem a história de Israel, como direito legítimo, caso da intransigência em relação a Jerusalém. O medo impede e têm esse objetivo, o conhecimento real dos fatos. Uma análise correta.

O holocausto, sofrimento imposto a judeus, ciganos, negros, adversários do nazismo alemão, transformou-se em arma de propaganda do Estado terrorista de Israel.

Leva a absurdos como a defesa da ocupação de territórios palestinos baseados no Velho Testamento. Ou seja, foram donos das terras há milhares de anos e as querem de voltas.

Que devolvam o México aos Astecas, a América Central aos Maias, o Peru aos Incas, os territórios conquistados pelos EUA ao México (Califórnia, Texas, etc), as terras indígenas (Apaches, Cherokees, etc) e assim por diante, numa nova lógica histórica fundada na estupidez e na violência.

Brasileiros seremos Tupis, Tupinambás, Guaranis, Tamoios e outros.

Há um aspecto importante nesse processo todo. A preservação dos direitos desses povos. Mas há uma realidade histórica construída ao longo de séculos, boçal e imperialista sempre. Não há como destruí-las, mas como revertê-la na construção solidária do socialismo.

O Partido Comunista de Israel é um importante instrumento de luta contra o terrorismo de Estado, já que abriga em seus quadros judeus e árabes contrários às políticas de “matar ou morrer”.

Na prática isso é apenas o significado de “negócios”.

O estupro de Gaddafi após sua prisão é um dado revelador da sanha assassina dessa gente. A forma como o ex-governante líbio foi tratado revela o mais primitivo dentre os procedimentos e ações do ser humano – se é que pode ser chamado assim.

O resultado a “ajuda humanitária” à Líbia, negada aos habitantes de Gaza.

É um estado de coisas repugnante. O reflexo de um capitalismo que começa a buscar em Marx as explicações na tentativa de salvar-se.

O terror transformado em cotidiano nas vidas de cada ser dos sete bilhões que vivemos no planeta.

É “matar ou morrer”. É o que pensam os donos, os senhores. Os banqueiros, os grandes empresários, os latifundiários, já que elites econômicas não têm pátria, se guiam pelo deus mercado e se orientam pelos “negócios”.

No Brasil que o diga William Waack agente norte-americano posto em noticiários da GLOBO, rede controlada pelo terror de Wall Street.

Do Diário da Liberdade

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”