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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pressão internacional aumenta, mas Rússia mantém apoio a Assad na Síria

Chanceler russo critica pedidos de renúncia do presidente sírio e pede negociação aos opositores
O governo da Rússia criticou nesta quinta-feira (17/11) a pressão dos principais países ocidentais e da Liga Árabe pela renúncia do presidente da Síria, Bashar al Assad e defendeu que os dois lados, governo e oposição aceitem abrir negociações. O governo russo se mantém, ao lado da China, como um dos últimos aliados do regime sírio, que enfrenta a insurgência de grupos rebeldes, muitos deles armados, e é criticado pela comunidade internacional devido à dura repressão contra os opositores.

Segundo o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, os clamores pelo fim da violência não podem ter como pressuposto a renúncia do presidente, como defendem os Estados Unidos, França e a Liga Árabe. "Se alguns representantes da oposição, com apoio de alguns países estrangeiros, declaram que esse diálogo só pode começar depois que o presidente Assad sair, então a iniciativa da Liga Árabe perde seu valor e significado", disse Lavrov.

O chanceler russo disse que o ataque promovido por desertores do Exército contra um complexo de inteligência da Força Aérea nesta quarta-feira faz a situação da Síria ficar “totalmente semelhante a uma guerra civil”. Lavrov se reuniu hoje com Catherine Ashton, representante de política externa da União Europeia. Ela voltou a defender o aumento da pressão sobre Assad para o fim da violência na Síria.

A Liga Árabe, que já suspendeu o governo sírio, deu prazo de três dias para que Assad cumpra um acordo para cessar os confrontos. Entretanto, a organização e o governo turco rejeitaram a possibilidade de uma intervenção estrangeira no país.
 
Apesar de também negar a possibilidade de um ataque à Síria nos moldes do ocorrido na Síria, a França já admite que apóia os rebeldes e está ajudando em sua organização. Foi em Paris que, em outubro, cidadãos sírios exilados criaram o CNS (Conselho Nacional Sírio), para aglutinar as forças de oposição. O governo francês, que liderou as ações da Otan na Líbia,

Em outubro, Rússia e China vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que previa sanções severas contra o regime sírio. Nesta quinta, Alemanha, França e Reino Unido apresentaram um novo projeto de resolução contra Assad, que dessa vez deverá ser avaliado pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
*Com agências internacionais

Do Ópera Mundi

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