No: Carta Maior
A
sólida dianteira de Haddad em SP, reafirmada pelo Ibope e o Datafolha
desta 5ª feira, deixa ao conservadorismo pouca margem para reverter uma
vitória histórica do PT e – talvez - a derradeira derrota na
biografia política de José Serra.
Ainda assim há
riscos. E não são pequenos. Há alguma coisa de profundamente errado com a
liberdade de expressão num país em que, a cada escrutínio eleitoral, a
maior preocupação de uma parte da opinião pública e dos partidos, nos
estertores de uma campanha como agora, não seja propriamente com o
embate de ideias, mas com a “emboscada da véspera”.
Não
se argui se ela virá; apenas como e quando a maior emissora de
televisão agirá na tentativa de raptar o discernimento soberano da
população, sobrepondo-lhe suas preferências, seus candidatos e seus
interditos.
Tornou-se uma aflita tradição
nacional acompanhar a contagem regressiva dessa fatalidade que
desgraçadamente instalou-se no calendário eleitoral para corroe-lo por
dentro. Após 10 anos no governo, as forças progressistas não tem mais o
direito de contemporizar com uma doença maligna que pode invalidar a
democracia e desfibrar a sociedade.
Que a votação deste domingo seja a última tendo as urnas como refém da Globo, seus anexos e aliados.
Do O Carcará
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