Guerrilheiro Virtual

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Os ataques Descontrolados de José Serra e a politica das agressões

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, esquece as propostas para a cidade, parte para o ataque contra o concorrente do PT, Fernando Haddad, agride verbalmente jornalistas e despenca nas pesquisas às vésperas do 2° turno
DESTEMPERO
A 17 pontos do petista Fernando Haddad, Serra se desespera e
passa a utilizar uma tática agressiva na reta final da campanha
Vendo que a distância para o concorrente Fernando Haddad (PT) aumenta a cada nova pesquisa de intenção de voto, a uma semana do segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo, o candidato do PSDB, José Serra, reedita a malfadada estratégia usada contra Dilma Rousseff na disputa presidencial de 2010. Diante das projeções nada alvissareiras para ele – o instituto Datafolha aponta uma vantagem de 17 pontos para Haddad –, Serra passou a enxergar na tática das agressões a única forma de evitar a derrota que parece se avizinhar. Destemperado e irascível no trato com jornalistas e até correligionários, o tucano acionou a metralhadora giratória nos últimos dias. Em atos públicos e, principalmente, nas inserções de rádio e televisão, Serra desferiu uma série de ataques ao oponente. Insistiu na tentativa de vincular Haddad aos réus do mensalão e explorou de maneira equivocada a confecção do chamado “kit gay” pelo petista durante sua gestão no Ministério da Educação.
“Isso não é combater homofobia, é uma espécie de doutrina. O problema do kit gay é acima de tudo pedagógico”, declarou o candidato do PSDB. O ataque se voltou contra ele próprio, quando o jornal “Folha de S.Paulo” revelou, durante a semana, que material semelhante destinado a tentar combater o preconceito a homossexuais havia sido distribuído em 2009, pelo governo de Serra, para escolas públicas paulistas. Questionado sobre a contradição, Serra tentou, em vão, diferenciar as duas iniciativas, perdeu a cabeça e mergulhou sua campanha numa agenda negativa na reta final da eleição.
Ataques a jornalistas Descontrolado, Serra agrediu verbalmente jornalistas em três ocasiões. Na segunda-feira 15, indagado por uma repórter do portal UOL se o tom mais agressivo de seu primeiro programa do segundo turno guardava relação com a diferença então de dez pontos percentuais em relação a Haddad nas pesquisas, disse que ela estava ajudando a campanha petista. Na terça-feira 16, quando a mesma profissional perguntou se o tucano concordava ou não com o uso de materiais de combate à homofobia nas escolas, Serra esquivou-se de responder e sugeriu que a repórter deveria ir trabalhar no comitê do PT. Já em entrevista à rádio CBN, o ex-governador incomodou-se com questões colocadas pelo jornalista Kennedy Alencar, a quem chamou de mentiroso e acusou de fazer campanha para o adversário. A postura adotada pelo tucano foi criticada por Soninha Francine, do PPS, candidata derrotada no primeiro turno e apoiadora da campanha do PSDB. “Eu não concordo com esse jeito dele de reagir. Mas, infelizmente, ele (Serra) é assim, não tem paciência com a imprensa.” O resultado não poderia ser pior. Nos últimos dias, as propostas para a cidade, que é o que importa para o eleitorado, foram relegadas a segundo plano pelo candidato do PSDB. E sua rejeição junto à população bateu incríveis 52%.


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