Morreu ontem (14), aos 74 anos, o ex-ministro da Justiça Fernando Lyra.
Ele estava internado desde 5 de janeiro na Unidade Coronária do
Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da USP, após
outros sete dias internado em Recife, e teve falência múltipla de
órgãos. Integrante do chamado grupo dos “autênticos” do MDB, ainda
durante a ditadura, ele foi um dos articuladores da campanha de Tancredo
Neves à Presidência da República, via colégio eleitoral, após a derrota
da emenda Dante de Oliveira, em 1984, que restabelecia as eleições
diretas. Tancredo morreu sem tomar posse, mas a escolha de Lyra para a
Justiça foi mantida por José Sarney. Ele ficou um ano à frente do
ministério, até fevereiro de 1986.
Fernando Lyra foi deputado federal por sete mandatos seguidos, de 1971 a
1999, pelo MDB (1967-1980), PMDB (1980-1987), PDT (1987-1993) e PSB (a
partir de 1993). Antes, exerceu um mandato de deputado estadual, em
Pernambuco. O último cargo público foi o de presidente da Fundação
Joaquim Nabuco, de Recife, ligada ao Ministério da Educação. Em 1989,
foi vice de Leonel Brizola na campanha presidencial. Em 2006, participou
da campanha que levou Eduardo Campos ao governo de Pernambuco – João
Soares Lyra Neto, seu irmão, é o vice-governador. Campos decretou três
dias de luto oficial.
O corpo do ex-ministro e ex-deputado será velado amanhã na Assembleia
Legislativa de Pernambuco. O enterro ocorrerá na cidade de Paulista, na
região metropolitana de Recife.
Do Contexto Livre
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