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segunda-feira, 27 de maio de 2013

José de Abreu: Civita quer derrubar governo Dilma

Vermelho, 18 de outubro de 2011 

"Dois meses atrás raposa felpuda do PT conversou com o ítalo-argentino Civita, dono da Veja. Ouviu dele: não tem arrego! Vou derrubar a Dilma". O comentário foi feito pelo ator José de Abreu, no domingo (16), em seu Twitter. Desde então, vem sendo objeto de curiosidade e de intensos debates na internet devido ao teor explosivo. O jornalista Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, conversou com ele, por telefone.
 
Segundo Abreu, a informação lhe foi passada por um petista graúdo, cujo nome não foi revelado, que procurou a direção da Revista Veja logo após a tentativa de invasão do apartamento do ex-ministro José Dirceu, em um hotel de Brasília (DF), por um repórter do semanário que acabou publicando matéria tendenciosa sobre encontros entre Dirceu e políticos. 
 
O relato do aor dá conta que o emissário não teria procurado a revista em nome do governo, mas, sim, em nome do PT. Ainda segundo o entrevistado, essas conversas de petistas e até do governo com a mídia ocorrem institucionalmente e com freqüência.
 
Pacto de convivência
 
A tal “raposa felpuda” do PT teria ponderado com a direção da Veja que precisaria haver limites, que a revista estaria passando da conta. Enfim, teria sido a tentativa de um pacto de convivência. Aliás, informação relevante do entrevistado foi a de que esse pacto até já existe e é por isso que Dilma vem sendo poupada pela mídia, apesar dos ataques ao seu governo.
 
José de Abreu relatou ao jornalista que o próprio Roberto Civita é quem teria respondido: a Veja pretende derrubar o governo Dilma. As razões, no entanto, não foram explicadas. Mas, Abreu teria completado a informação afirmando que Civita está enfurecido com os sucessivos governos do PT que, nos últimos 9 anos, teriam extraído da grande mídia montanhas de dinheiro público.
 
Sempre segundo o entrevistado, apesar de muitos acharem que o governo “dá dinheiro” à mídia (via publicidade oficial) apesar de ser fustigado por ela, nos últimos 9 anos a publicidade do governo federal, a compra de livros didáticos da Abril, enfim, tudo que o governo gasta com comunicação passou a pingar nos cofres midiáticos em proporção infinitamente menor do que jorrava até 2002.
 
De fato, de 2003 para cá esse bilhão de reais que o governo gasta oficialmente em comunicação, que até aquele ano era dividido entre 500 veículos, hoje irriga cerca de oito mil veículos, muitos deles com linha editorial totalmente inversa à dos grandes meios de comunicação que até o advento da eleição de Lula, em 2002, mamavam tranquilamente. E sozinhos.
 
Abreu também diz que essa coexistência de bastidores entre adversários políticos (imprensa tucana, de um lado, e PT e governos petistas de outro) se deve a um fato inegável: os políticos precisam da mídia e isso fica claro quando a gente se surpreende ao ver petistas, os mais alvejados por esses veículos, concedendo cordiais entrevistas aos seus algozes.
 
Eduardo Gumarães pondera que as marchas contra a corrupção têm objetivo claro de impedir o funcionamento do governo lançando matérias incessantes só contra o governo federal enquanto escândalos enormes como o das emendas dos deputados estaduais paulistas recebem espaço quase zero, mostram que a mídia pretende inviabilizar o governo Dilma Rousseff.
 
O texto encerra fazendo a seguinte afirmação: "se o cavalo do golpe passar selado, a mídia monta sem pensar. E, agora, tenho até evidências concretas para fundamentar meu ponto de vista. Será, então, que o PT e o governo Dilma vão ficar sentados esperando o golpe? Querem a minha opinião? Acho que vão. Eles ainda acreditam que podem se entender com a imprensa golpista."

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