247 - A presidente Dilma Rousseff também foi
alvo da espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos
Estados Unidos), no esquema denunciado pelo ex-técnico Edward Snowden.
A informação foi exibida pelo "Fantástico" ontem. A reportagem se
baseia em documentos que teria sido obtidos pelo jornalista Glenn
Greenwald das mãos de Snowden, na primeira semana de junho, em Hong
Kong.
No documento, de junho de 2012, a NSA tinha dois alvos: o presidente
do México, Enrique Peña Nieto, então candidato líder nas pesquisas para a
presidência, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Na parte que se refere ao Brasil, foi monitorada a comunicação entre
Dilma e seus assessores, assim como dos assessores entre eles e com
terceiros.
O objetivo da operação seria o de "melhorar a compreensão dos métodos
de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais
assessores".
No caso de Peña Nieto, são apresentados trechos de mensagens trocadas pelo então candidato.
Na última página da apresentação, segundo a reportagem, está a
conclusão de que o método de espionagem usado pela NSA é "uma filtragem
simples e eficiente que permite obter dados que não estão disponíveis de
outra forma e que pode ser repetida".
Em reação ao episódio tornado público, Dilma se reuniu ontem com o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Hoje ele concederá uma
entrevista à imprensa ao lado do ministro Luiz Alberto Figueiredo
(Relações Exteriores) para falar sobre o assunto.
O Ministério das Relações Exteriores vai chamar o embaixador
americano no Brasil, Thomas Shannon, para que ele dê novos
esclarecimentos, vai cobrar explicações formais do governo dos Estados
Unidos e vai ainda recorrer aos órgãos internacionais, como a ONU, para
discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros.
O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) considerou a espionagem "um
absurdo completo". Segundo ele, "não tem nada a ver com segurança
nacional [dos EUA]. Isso é arapongagem para obter vantagem nas
negociações comerciais e industriais", afirmou o ministro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”