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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dilma foi alvo direto de espionagem dos EUA

247 - A presidente Dilma Rousseff também foi alvo da espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), no esquema denunciado pelo ex-técnico Edward Snowden.

A informação foi exibida pelo "Fantástico" ontem. A reportagem se baseia em documentos que teria sido obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald das mãos de Snowden, na primeira semana de junho, em Hong Kong.

No documento, de junho de 2012, a NSA tinha dois alvos: o presidente do México, Enrique Peña Nieto, então candidato líder nas pesquisas para a presidência, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff.

Na parte que se refere ao Brasil, foi monitorada a comunicação entre Dilma e seus assessores, assim como dos assessores entre eles e com terceiros.

O objetivo da operação seria o de "melhorar a compreensão dos métodos de comunicação e dos interlocutores da presidente e seus principais assessores".
No caso de Peña Nieto, são apresentados trechos de mensagens trocadas pelo então candidato.

Na última página da apresentação, segundo a reportagem, está a conclusão de que o método de espionagem usado pela NSA é "uma filtragem simples e eficiente que permite obter dados que não estão disponíveis de outra forma e que pode ser repetida".

Em reação ao episódio tornado público, Dilma se reuniu ontem com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso. Hoje ele concederá uma entrevista à imprensa ao lado do ministro Luiz Alberto Figueiredo (Relações Exteriores) para falar sobre o assunto.

O Ministério das Relações Exteriores vai chamar o embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, para que ele dê novos esclarecimentos, vai cobrar explicações formais do governo dos Estados Unidos e vai ainda recorrer aos órgãos internacionais, como a ONU, para discutir a violação de direitos de autoridades e cidadãos brasileiros.

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) considerou a espionagem "um absurdo completo". Segundo ele, "não tem nada a ver com segurança nacional [dos EUA]. Isso é arapongagem para obter vantagem nas negociações comerciais e industriais", afirmou o ministro.

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