247 – O governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, nomeou Carla Elias Rosa, mulher do procurador-geral de Justiça
de São Paulo, Márcio Elias Rosa, para trabalhar no Palácio dos
Bandeirantes. Elias Rosa está à frente do Ministério Público de São
Paulo, que tem como função investigar denúncias que envolvam o governo.
Alckmin diz não ver nenhum conflito ético, mas desde que o caso do
propinoduto foi revelado, fica cada vez mais evidente a blindagem tucana
no Estado.
Recentemente, as três gestões do PSDB no governo de São Paulo – Mario
Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, se tornaram alvo de suspeitas de
envolvimento em esquema de cartel montado para superfaturar em até 20%
contratos de trem e metrô no Estado. As primeiras denúncias sobre o
propinoduto tucano remetem a 1998. No entanto, a blindagem só foi
vencida por uma multinacional alemã, a Siemens, que tomou a decisão de
pedir um acordo de leniência junto ao Cade, confessando duas décadas de
práticas condenáveis.
Leia a nota de Mônica Bergamo, da Folha:
DIÁRIO OFICIAL
O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) nomeou Carla Elias Rosa,
mulher do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa,
para trabalhar no Palácio dos Bandeirantes. Ela integrará a assessoria
jurídica do governo, na Casa Civil.
OFICIAL 2
Elias Rosa lidera o Ministério Público de SP, que tem entre suas prerrogativas investigar denúncias que envolvam o governo.
OFICIAL 3
"É uma assessoria jurídica técnica, e não política. Do Estado, e
não do governador. Ela não teve aumento de salário. É procuradora desde
1987", diz Márcio Elias Rosa. Carla é funcionária de carreira da PGE
(Procuradoria-Geral do Estado), que defende o Estado em ações judiciais.
CONHECIMENTO
Questionado se haveria problema ético na nomeação, em função da
relação conjugal de Carla, o governo Alckmin afirmou que a indagação
revela "profundo desconhecimento sobre o funcionamento" da PGE. Não há
"qualquer conflito ético". A assessoria é órgão complementar da PGE,
onde ela já trabalhava. "Eventual ação do procurador-geral de Justiça [o
marido de Carla] contra o governador não tramita na assessoria jurídica
do governo", diz a nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”