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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Governador tucano promete acabar com o PCC com as mesmas promessas que fez em 2004

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou ontem uma força-tarefa e bloqueadores de sinal de celular nas cadeias para coibir funcionamento do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do estado de São Paulo .Mais uma vez. O mais incrivel disso tudo, foi ver o PCC elogiando a segurança do governo Alckmin nas gravações... 

Mas, apesar do governador está na mídia todos os dias, tirando proveito da situação para sua reeleição, as medidas anunciadas na terça feira (14) já haviam sido prometidas durante outras gestões do PSDB, inclusive de Alckmin à frente do governo estadual.

Guaracy Mingardi, ex-subsecretário Nacional de Segurança Pública, ao aprovar a criação da força-tarefa pelo governo paulista. “Mas isso deveria ter sido feito há muitos anos. Já foram criados grupos para estudar o PCC, mas foram morrendo.

Vamos ver se, agora, será mantida ou se é algo para inglês ver”, complementa. Mingardi lembra ainda que Alckmin era governador, em 2004, quando se iniciaram as discussões sobre o bloqueio de celulares em presídios. “Já se sabia que estava todo mundo com celular na cadeia. Havia todo um movimento para que fosse feito (o bloqueio), mas não foi; o governo não quis fazer, não se interessou”,diz ele 
Em 2006

Em 2006, o então candidato   do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, ficou irritado e interrompeu uma entrevista para o programa "Dateline", do canal australiano SBS, ao ser questionado sobre a reação de "grupos de extermínio" aos ataques do PCC, em maio.

Irritado com a pergunta, Alckmin disse: "Esse é um problema do governo estadual. Você deveria ir falar com eles". Levantando-se da mesa, continuou: "Se eu soubesse que era sobre isso, não tinha entrevista. Não faz o menor sentido".A reportagem,  foi produzida pouco depois dos primeiros ataques do PCC,  quando Alckmin já havia sido escolhido pelo PSDB como pré-candidato à Presidência.

A facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) foi fundada, em 31 de agosto de 1993, na Casa de Custódia de Taubaté. Desde o início de 2006, o grupo foi considerado responsável por três ondas de ataques criminosos em São Paulo, que atingiram prédios da polícia e de outros órgãos públicos, agências bancárias e ônibus, supermercados, revendedoras de carros e postos de gasolina.


O grupo também é responsável pelas maiores rebeliões nas prisões paulistas nos últimos anos e está ligado ao tráfico de drogas, seqüestro e roubos de bancos, segundo a polícia. Acredita-se que a facção tem apoio de mais de 80% dos presos do Estado.


O PCC tem um estatuto, que exige dos criminosos que passam a integrar a rede lealdade e pagamento de uma contribuição financeira, uma espécie de dízimo. O dinheiro arrecadado tem coordenação única e serve para contratar advogados, resgatar presos e dar apoio financeiro para novos crimes.Diferente do outro partido PSDB, eles são bem organizados.


Em 18 de fevereiro de 2001, o PCC coordenou 29 rebeliões simultâneas em São Paulo com um saldo de 30 mortos, a grande maioria alvo de disputas entre gangues rivais nas prisões. Em novembro de 2003, por mais de uma semana, o grupo foi responsável pelo ataque contra dezenas de delegacias com metralhadoras, bombas caseiras, escopetas e pistolas. No total, três agentes policiais foram mortos e 12 feridos.


Em várias ocasiões, foram descobertas centrais telefônicas que permitem o ordenamento de mortes, inclusive de policiais, e roubos, além da coordenação do tráfico. O uso de celulares dentro da prisão, já flagrado inclusive por câmeras, é apontado por delegados como principal fator na comunicação entre penitenciárias e facção. 

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