Claro que, se a Folha fizesse jornalismo segundo o seu Manual, a
manchete falaria explicitamente em “no governo do PSDB em SP” ou
“governo tucano de SP”. Mas prefere omitir o partido, em sua tradicional
generosidade com os tucanos.
Vejam que em todo o texto da primeira página, o jornal diz que há
suposta intermediação de propina a políticos e funcionários públicos,
sem dizer uma palavra de novo sobre o governo tucano. Que coisa feia,
hein, ombudsman?
É só dentro da reportagem, de forma tímida, bem escondida, lá no meio do
texto, que aparece o nome do PSDB. Mas nada do nome do governador ou de
seus antecessores, todos tucanos.
Propina e contratos
E a denúncia tem a ver diretamente com o governo. Afinal, é investigado o
pagamento de propinas para ganhar favorecimento em contratos públicos.
A Polícia Federal investiga se o pagamento de R$ 52 milhões a
consultorias foi usado para abastecer propinas desde o fim da década de
1990. Os pagamentos foram feitos pelas multinacionais Alstom e
Bombardier e a brasileira Tejofran.
A hipótese é de que as consultorias eram só de fachada e serviam para
distribuir propina a políticos e funcionários ligados ao PSDB.
Uma dessas consultorias é ligada a Robson Marinho, conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado e que foi chefe da Casa Civil no governo de
Mário Covas, entre 1995 e 1997. Ele já é investigado em outro inquérito
por ter foro privilegiado.
As empresas negam qualquer irregularidade.
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