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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Mauro Ricardo clama inocência: 'Me senti traído'

247 – O secretário de Finanças nas gestões de José Serra (PSDB) e de Gilberto Kassab (PSD), Mauro Ricardo, é alvo de acusações de envolvimento na máfia do ISS. Braço-direito de José Serra, que o defendeu publicamente esta semana, ele é suspeito de mandar arquivar investigação sobre a fraude que rendeu um rombo de mais de R$ 500 milhões aos cofres da Prefeitura de São Paulo.

Em entrevista à Folha, no entanto, nega e diz que se sente "traído" pelos auditores. "Foi uma grande decepção", disse o atual secretário de Fazenda de Salvador.

Leia trechos da entrevista:

Escândalo
 
Foi uma grande decepção. Me senti traído. Não imaginava que o Ronilson [Bezerra, apontado como o chefe do esquema] pudesse estar envolvido com qualquer irregularidade. Era uma pessoa em quem confiava. Um servidor capacitado. Aliás, pelo que dizem, o esquema vem desde 2002, época em que o hoje prefeito Fernando Haddad era o secretário substituto de Finanças. Essas pessoas não entraram na administração pública agora. As coisas não começaram na minha gestão.

Ronilson
 
Não citou meu nome. Disse que o secretário tinha conhecimento. Mas qual secretário? Em todas as escutas reveladas, as citações a meu nome são de maneira clara e não mostram nenhum envolvimento.

Convocação
 
Não recebi convite. Mas, se estiver em São Paulo, terei o maior prazer em prestar esclarecimento. A prefeitura pode mandar alguém a Salvador me ouvir. Mas não vejo necessidade. O Ministério Público não encontrou nenhum indício envolvendo meu nome.

Investigação arquivada
 
É outro equívoco. Você já viu a denúncia? Era uma folha de papel, com os nomes dos supostos envolvidos, mas que não apresentava nenhuma prova ou caso concreto de corrupção. Além disso, era uma denúncia anônima. Na época, ouvimos os denunciados, e eles apresentaram suas justificativas. Então, encaminhei a denúncia à Corregedoria [órgão anterior à Controladoria], dizendo que, naquele momento, não havia indício de corrupção. Tanto que o atual controlador [Mario Spinelli] também arquivou a investigação em fevereiro. E fez o certo, porque não havia prova. Os indícios apareceram a posteriori.

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