247 – Após 16 anos do ocorrido, o mensalão
tucano poderá ser julgado no primeiro semestre de 2014. Relator do
processo no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto
Barroso tem pressa em concluir a questão, após o desfecho da AP 470.
"Vou julgar o mais rápido que o devido processo legal permitir", disse.
O esquema desviou recursos públicos para a campanha à reeleição do
ex-governador de Minas Gerais e atual deputado federal Eduardo Azeredo
(PSDB), em 1998, conforme denúncia da Procuradoria-Geral da República.
O escândalo só veio a tona na apuração do caso petista de compra de
apoio parlamentar, em 2005, porque o esquema também era operado pelo
publicitário Marcos Valério.
Mas ação chegou à corte ainda em 2003, dois anos antes, portanto, das
primeiras acusações do chamado mensalão do PT, que abalaram o governo
petista e redundaram na Ação Penal 470. O Congresso em Foco revela que,
em maio do ano passado, o então presidente da corte, Carlos Ayres
Britto, chegou a chamar o julgamento da ação cível, aquela que permite a
recuperação de recursos desviados, do mensalão mineiro. Mas por algum
motivo que nem Ayres Britto nem os demais ministros sabem explicar, o
processo saiu da pauta. E não voltou mais. Enquanto a ação cível contra
os tucanos não sai da gaveta, o Supremo já condenou 25 réus envolvidos
no esquema de desvio de dinheiro montado pelo PT e analisa agora os
respectivos recursos.
De acordo com o calendário da apuração do esquema tucano no STF,
Azeredo tem até a próxima sexta-feira para pedir providências da ação
penal contra ele. Depois, o relator abrirá prazo para as alegações
finais da defesa e do Ministério Público Federal. Ao proferir o voto, o
caso é encaminhado ao presidente do Supremo, que definirá a data em que a
ação será posta na pauta do plenário.
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