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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Vale envolvida em corrupção tucana no governo Aécio

Grilagem de terras públicas com jazidas de ferro
O governador Anastasia e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, em recente convênio.
A mineradora, através de suas subsidiárias e controladores
financiaram a campanha tucana de Minas, em 2010, com pelo menos R$ 7,25 milhões
Nesta terça-feira (20), a Polícia Federal de Montes Claros (MG) desbaratou uma organização criminosa que atuava há anos na grilagem de terras públicas do governo de Minas Gerais com jazidas de ferro.
 
O esquema era uma espécie PPP (Parceria Público-Privada) da corrupção:
 
1) Servidores da órgão estadual do governo de Minas responsável pela reforma agrária, o ITER/MG (Instituto de Terras de Minas Gerais) transferiam a posse das terras do estado para “laranjas”, que jamais tinham sido proprietários ou possuidores de terras na região;
 
2) A seguir, numa outra operação fraudulenta, o "laranja" vendia a terra a um intermediário, tal como um corretor de imóvel rural;
 
3) O intermediário fechava o ciclo do esquema, revendendo a terra para grandes mineradoras;
 
Segundo a Polícia Federal, para fazer a fraude da grilagem, os criminosos cometeram os delitos de:
 
- falsificação de documentos públicos e particulares;
 
- falsidade ideológica;
 
- corrupção ativa e passiva;
 
- formação de quadrilha
 
- e lavagem de dinheiro.
 
O principal alvo dos criminosos eram vastas extensões de terras públicas no extremo-norte do Estado de Minas Gerais (principalmente nos municípios de Rio Pardo de Minas e Indaiabira), onda há jazidas, recentemente descobertas, estimada em 10 bilhões de toneladas.
 
A operação atingiu várias cidades, com diligências policiais em Belo Horizonte, Oliveira e Divinópolis, em Rio Pardo de Minas, Salinas, Serranópolis de Minas, Taiobeiras, Janaúba, Curvelo.
 
Sequestro de R$ 41 milhões pagos pela Vale
 
Segundo documento do Ministério Público (MP), “em apenas um dos casos sob investigação, a Vale S/A comprou – efetuando pagamento único e em espécie – vasta extensão de terras subtraídas criminosamente do Estado de Minas Gerais pelo espantoso valor de R$ 41 milhões”.
 
A operação financeira foi detectada pelo COAF em 28 de agosto, segundo o MP.
 
A Justiça determinou o sequestro deste dinheiro.
 
Dois prefeitos do DEMo suspeitos de integrarem o esquema criminoso
 
O Ministério Público pediu o afastamento dos prefeitos de Indaiabira, Marcus Penalva Costa (DEMo) e de Vargem Grande do Rio Pardo, Virgílio Penalva Costa (DEMo). Ambos são suspeitos de integrarem o esquema.
 
Corrupção tucana no alto escalão
 
Com a operação atingindo em cheio o ITER/MG, o governo tucano de Antonio Anastasia afastou ontem o secretário de Regulação Fundiária, Manoel Costa.
 
Leia também:
 
- Aécio e tucanos mineiros receberam R$ 7,25 milhões da Vale e do Bradesco, de Roger Agnelli
- Aécio Neves repete Joaquim Silvério dos Reis, ao defender a derrama da Vale nos royalties de Minas
- Portal afirma que Aécio e Roger Agnelli estavam juntos na mesma mesa e na mesma blitz do bafômetro
 
Zé Augusto
No Amigos do Presidente

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