Guerrilheiro Virtual

sábado, 12 de novembro de 2011

Genro do rei Juan Carlos é investigado por desvio de verbas em ONG que presidia


MADRI - Acostumada a aparições na coluna social, a família real espanhola foi surpreendida ao ser citada na seção policial dos jornais, depois que uma investigação colocou um dos genros do rei Juan Carlos no centro de um escândalo de desvio de verbas públicas. A Justiça descobriu que o Instituto Nóos concluiu contratos sem licitação com governos regionais da ordem de 4 milhões entre 2004 e 2006 - quando Iñaki Urdangarin, marido da infanta Cristina, presidia a organização.
Um rombo de quase 1 milhão também foi detectado nas contas da instituição, que teoricamente não tem fins lucrativos. Provas encontradas pelos promotores levam a acreditar que o grupo operava em paraísos fiscais no Caribe. Segundo fontes da Promotoria, o genro do rei e duque de Palma será acusado formalmente assim que 14 caixas de documentos referentes ao caso forem examinadas. Um ex-sócio e três colaboradores já foram indiciados.
Então jogador de handebol da seleção espanhola, Urdangarin conheceu a infanta Cristina numa festa nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996. Após o casamento, o duque de Palma resolveu entrar para o mundo dos negócios - para desgosto do Palácio real, que desaconselha os membros da família a se envolverem com esse tipo de atividade, temendo escândalos. Com seus empreendimentos indo de vento em popa, Urdangarin foi nomeado, em 2009, presidente de Assuntos Públicos da Telefónica na América Latina e Estados Unidos, e se mudou para Washington com a princesa e os quatro filhos. Segundo amigos, a transferência respondia à necessidade do duque de deixar a Espanha, para não chatear a família real com a proporção que seus negócios vinham tomando. Mas, agora, a Coroa terá muitas razões para se chatear.
As investigações da Procuradoria Anticorrupção revelam que, num negócio fechado com o governo de Baleares comandado pelo Partido Popular (PP), entre 2005 e 2006, o Instituto Nóos recebeu 2,3 milhões para organizar congressos de esporte e turismo na região. Além de o contrato ter sido fechado sem a licitação obrigatória, as faturas encontradas no Nóos não justificam, nem de longe, o gasto dos valores recebidos, segundo a Promotoria. O ex-sócio de Urdangarin, Diego Torres, conseguiu provar apenas o destino de 1,8 milhão dos 2,3 milhões. Além disso, a Promotoria estima que o grupo falsificou algumas contas. O instituto nega. Já Urdangarin e a família real se calam sobre o assunto.
 
Do Blog Contexto livre

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