“O BRASIL ESTÁ NO CAMINHO CERTO”. DEPOIS DA CRISE, PULA NA FRENTE
Por Paulo Henrique Amorim
“O ansioso blogueiro foi, na segunda-feira (9), um dos expositores numa reunião fechada com presidentes de empresas brasileiras.
O outro palestrante é CEO para o Brasil de um dos maiores bancos do mundo.
Veja o que diz ele:
-“A crise do endividamento das pessoas físicas americanas acabou. O problema agora é político.
- a economia americana vai crescer 2,5% em 2012”. 2,5% em cima de um PIB de US$ 14 trilhões não é de se jogar fora …
Para comparar, quando o Brasil crescer 3,5% ou 4% em 2012 será sobre um PIB de US$ 2 trilhões.
- “o problema é a Europa, enquanto D. Merkel não abrir o cofre para salvar o Euro. Mais cedo ou mais tarde, ela ou o sucessor fará isso.
A alternativa será corrida aos bancos. Mas, o Euro ficará de pé e a Grécia não sairá da zona do Euro. D. Merkel e Sarkozy vão ter que esticar a dívida dos bancos e engolir bom prejuízo.
A Europa – Alemanha e França – vão ter que aceitar um “Plano Brady” (que os bancos americanos tiveram que engolir com a dívida dos latino-americanos: algo como 30% de prejuízo).
Se a Europa quebrar, o risco de crédito dos bancos americanos é de 12%, o do Brasil é 13% e o da Inglaterra … de 70% !”
Quer dizer, a Inglaterra deve rezar todo dia para que nenhum banco europeu quebre.
E, para não quebrar, Dª Merkel não pode viver nessa boa vida de exportar com o Euro com a cotação subavaliada do dracma grego, da lira italiana ou do peso espanhol.
Assim, qualquer um cresce e mantém o emprego, como Dª Merkel.
A lira, o dracma e o peso não podem se desvalorizar, para voltar a exportar.
Tem que ir de pires na mão ao Banco Central Europeu.
Mas, o Euro vai ter que se desvalorizar ainda mais para ajudar a recuperação.
Como diz um economista americano – segundo este CEO: “ao fim e ao cabo nenhum grande banco europeu vai quebrar como o ‘Lehman’ americano”. “O que vai haver é um monte de ‘Citibanks’, bancos estatais disfarçados.
Os bancos franceses, italianos são falsamente privados.
Até o ‘Deutsche Bank’ é hoje semiestatal.
- a China vai crescer 7% este ano, o que é uma aterrissagem suave, com solavancos.
A China tem US$ 3 trilhões em reservas cambiais.
A maior fatia em títulos americanos – ou seja, é a maior garantidora da solvência americana.
- o Brasil está no caminho certo.
Se crescer mais de 4%, vai faltar mão-de-obra e a infraestrutura não aguenta.
O arsenal de estímulos de que o Governo brasileiro dispõe para reanimar a economia é imenso.
A economia mundial se recupera no segundo semestre e o Brasil, de novo, como na crise de 2008, vai saltar na frente.
O Brasil tem US$ 350 bilhões de reservas e $300 bilhões em títulos do Tesouro americano que rendem 0,25%.
O que eu faria no lugar do Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) ?
Exatamente a mesma coisa.
O Brasil lançou títulos no mercado mundial e pagou 3,5%; a Vale, 4%.
Muito bom, embora a demanda tenha sido um pouco menor do que das últimas vezes.
A China passou a investir em portfólio brasileiro – títulos, papéis – além de investimento direto em empresas.
O que acentua a integração econômica do Brasil com a China.
Para onde a China for, o Brasil vai.
Qual o único temor ?
A inflação com a memória da indexação.
O que fazer ?
O que o Tombini faz.
E as obras do PAC, Minha Casa, Copa, Olimpíadas – isso é consumo na veia.
Classe C empregada e comprando.
Dez por cento do corpo de funcionários desse banco [o do expositor CEO] no Brasil é de estrangeiros, especialmente argentinos e uruguaios.
Única zona cinza no cenário: Dª Merkel vai pagar a conta ou vai haver uma corrida aos bancos europeus ?
No banco desse CEO, acredita-se que há entre 10 e 15% de possibilidade de uma corrida.
Em tempo: ao fim de duas horas de exposição e acalorados debates, nenhum presidente de empresa invocou argumentos extraídos da Urubologia.
Estão todos – eram 42 presentes – otimistas.
E ninguém ali parecia Dilmista.
Coitada da Urubologia.
Não faz sucesso em Madureira nem entre Presidentes.
Deve ser triste.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/01/10/o-brasil-esta-no-caminho-certo-depois-da-crise-pula-na-frente/).
Por Paulo Henrique Amorim
“O ansioso blogueiro foi, na segunda-feira (9), um dos expositores numa reunião fechada com presidentes de empresas brasileiras.
O outro palestrante é CEO para o Brasil de um dos maiores bancos do mundo.
Veja o que diz ele:
-“A crise do endividamento das pessoas físicas americanas acabou. O problema agora é político.
- a economia americana vai crescer 2,5% em 2012”. 2,5% em cima de um PIB de US$ 14 trilhões não é de se jogar fora …
Para comparar, quando o Brasil crescer 3,5% ou 4% em 2012 será sobre um PIB de US$ 2 trilhões.
- “o problema é a Europa, enquanto D. Merkel não abrir o cofre para salvar o Euro. Mais cedo ou mais tarde, ela ou o sucessor fará isso.
A alternativa será corrida aos bancos. Mas, o Euro ficará de pé e a Grécia não sairá da zona do Euro. D. Merkel e Sarkozy vão ter que esticar a dívida dos bancos e engolir bom prejuízo.
A Europa – Alemanha e França – vão ter que aceitar um “Plano Brady” (que os bancos americanos tiveram que engolir com a dívida dos latino-americanos: algo como 30% de prejuízo).
Se a Europa quebrar, o risco de crédito dos bancos americanos é de 12%, o do Brasil é 13% e o da Inglaterra … de 70% !”
Quer dizer, a Inglaterra deve rezar todo dia para que nenhum banco europeu quebre.
E, para não quebrar, Dª Merkel não pode viver nessa boa vida de exportar com o Euro com a cotação subavaliada do dracma grego, da lira italiana ou do peso espanhol.
Assim, qualquer um cresce e mantém o emprego, como Dª Merkel.
A lira, o dracma e o peso não podem se desvalorizar, para voltar a exportar.
Tem que ir de pires na mão ao Banco Central Europeu.
Mas, o Euro vai ter que se desvalorizar ainda mais para ajudar a recuperação.
Como diz um economista americano – segundo este CEO: “ao fim e ao cabo nenhum grande banco europeu vai quebrar como o ‘Lehman’ americano”. “O que vai haver é um monte de ‘Citibanks’, bancos estatais disfarçados.
Os bancos franceses, italianos são falsamente privados.
Até o ‘Deutsche Bank’ é hoje semiestatal.
- a China vai crescer 7% este ano, o que é uma aterrissagem suave, com solavancos.
A China tem US$ 3 trilhões em reservas cambiais.
A maior fatia em títulos americanos – ou seja, é a maior garantidora da solvência americana.
- o Brasil está no caminho certo.
Se crescer mais de 4%, vai faltar mão-de-obra e a infraestrutura não aguenta.
O arsenal de estímulos de que o Governo brasileiro dispõe para reanimar a economia é imenso.
A economia mundial se recupera no segundo semestre e o Brasil, de novo, como na crise de 2008, vai saltar na frente.
O Brasil tem US$ 350 bilhões de reservas e $300 bilhões em títulos do Tesouro americano que rendem 0,25%.
O que eu faria no lugar do Alexandre Tombini (presidente do Banco Central) ?
Exatamente a mesma coisa.
O Brasil lançou títulos no mercado mundial e pagou 3,5%; a Vale, 4%.
Muito bom, embora a demanda tenha sido um pouco menor do que das últimas vezes.
A China passou a investir em portfólio brasileiro – títulos, papéis – além de investimento direto em empresas.
O que acentua a integração econômica do Brasil com a China.
Para onde a China for, o Brasil vai.
Qual o único temor ?
A inflação com a memória da indexação.
O que fazer ?
O que o Tombini faz.
E as obras do PAC, Minha Casa, Copa, Olimpíadas – isso é consumo na veia.
Classe C empregada e comprando.
Dez por cento do corpo de funcionários desse banco [o do expositor CEO] no Brasil é de estrangeiros, especialmente argentinos e uruguaios.
Única zona cinza no cenário: Dª Merkel vai pagar a conta ou vai haver uma corrida aos bancos europeus ?
No banco desse CEO, acredita-se que há entre 10 e 15% de possibilidade de uma corrida.
Em tempo: ao fim de duas horas de exposição e acalorados debates, nenhum presidente de empresa invocou argumentos extraídos da Urubologia.
Estão todos – eram 42 presentes – otimistas.
E ninguém ali parecia Dilmista.
Coitada da Urubologia.
Não faz sucesso em Madureira nem entre Presidentes.
Deve ser triste.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no seu portal “Conversa Afiada” (http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/01/10/o-brasil-esta-no-caminho-certo-depois-da-crise-pula-na-frente/).
Do Blog Democracia e Política
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