Dona Mocinha com chapéu de cangaceiro no reencontro com parentes do Recife em São Paulo, em 2009 (Foto: Glauco Araújo/G1)
Maria Ferreira Queiroz, conhecida como dona Mocinha, morreu na tarde desta sexta-feira (10), em São Paulo. Ela era a única irmã viva de Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião. Segundo a família, ela foi internada horas antes de falecer com problemas pulmonares, mas não resistiu. O velório e o local do sepultamento ainda será definido pela família.
O documento de identidade da irmã de Lampião indica que ela nasceu em 8 de janeiro de 1906, portanto, ela teria completado 106 anos, mas ela sempre se recusou a afirmar que tivesse essa idade, mas alegava que não era por vaidade. Ela tem outro documento que aponta a data de nascimento em 8 de janeiro de 1910. Era por este documento que dona Mocinha costumava se identificar.
Ela vivia em um apartamento com os filhos Expedito e Valdeci, em Santana, na Zona Norte de São Paulo. Os parentes mais próximos que também moram em São Paulo, além dos dois filhos, costumavam visitá-la, principalmente na data de aniversário dela.
"Ainda não sabemos onde será o velório e nem o sepultamento. Ela estava doentinha, vez ou outra ela era internada para cuidar da saúde. Já tinha muita idade. Acreditamos que foi insuficiência pulmonar", disse o neto Marcos Antonio Tavares, 53 anos.
RG de dona Mocinha mostra uma das datas de
nascimento dela (Foto: Glauco Araújo/G1)
O pesquisador e historiador Antônio Amaury Correia, que mora perto de dona Mocinha, foi um dos responsáveis por descobrir a segunda data de nascimento da irmã de Lampião. "Ela tinha dois documentos. Até hoje não sabemos com certeza qual era a idade dela", disse ele ao G1.
"Foi uma grande perda. Apesar de ela não ter vivido a história do cangaço, já que era muito pequena quando Lampião estava atuando, ela sempre foi uma referência histórica", afirmou o historiador e especialista em cangaço, João de Sousa Lima.
Do http://anern2003.blogspot.com
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