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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Deputado afirma que revista Veja financiou atividades ilegais de Cachoeira

Fernando Ferro, do PT de Pernambuco, quer que os dirigentes da editora Abril sejam chamados para depor na CPMI que vai investigar as ligações do bicheiro com políticos
 
Raoni Scandiuzzi, Rede Brasil Atual 
 
Depois de subir à tribuna da Câmara e dizer que a revista Veja é “o próprio crime organizado fazendo jornalismo”, o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) afirmou em entrevista à Rede Brasil Atual que o veículo de comunicação "fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento", referindo-se à rede ilegal de atuação do contraventor Carlinhos Cachoeira

O deputado defendeu que os responsáveis pela revista prestem esclarecimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar a rede ilegal de atuação de Cachoeira e que sejam tratados como réus. Escutas feitas durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, mostraram conexões entre o grupo do contraventor e o diretor da sucursal de Brasília da publicação semanal, Policarpo Júnior. 


Este mês,
Veja divulgou reportagem afirmando que a CPMI é uma "cortina de fumaça" criada pelo PT para desviar o foco do julgamento do mensalão, que será realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A notícia levou Ferro a lamentar que a revista atue desta maneira.

Perguntado se a convocação de representantes do Grupo Abril não afetaria a liberdade de imprensa, Ferro afirmou que as atividades de
Veja tem conexão o crime organizado, e não com o jornalismo. Para o parlamentar, o dono da Editora Abril, Roberto Civita, deve ser tratado como réu nessa investigação.
Confira abaixo a íntegra da entrevista com o deputado Fernando Ferro, um dos candidatos a integrar a CPMI do Cachoeira.


Por que levar um órgão de imprensa a uma CPMI?


Caberia ao órgão de imprensa trazer esclarecimentos sobre essa relação, o porquê de tantos telefonemas identificados na investigação da Polícia Federal.


Você falou em requerer a presença de Roberto Civita.


Independentemente de quem seja, o Civita ou não, os responsáveis pela
Veja terão de responder sobre isso.

Há uma relação da Veja com essas atividades ilegais?

É uma relação estranha, que tem laços de cumplicidade com esse submundo. Na verdade, isso vem lá de trás, em vários momentos. Essas denúncias espetaculosas da Veja, todas elas estão sendo lastreadas por esse processo de espionagem e arapongagem. Em termos de ética jornalística, isso é muito questionável. A Veja fomentou, incentivou, financiou esses delinquentes a terem esse tipo de comportamento.”
 
Entrevista Completa, ::Aqui::

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