Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Kamel: mulheres ganham menos porque querem

 


Conversa Afiada admite que negligenciou no trabalhou de recuperar o pensamento vivo daquele que constrói o pensamento morto da Globo.

Mas, com a eclosão da crise que melou o mensalão e a furiosa reação da Globo, o Conversa Afiada retoma a sua missão histórica: publicar essa Antologia da Treva.

São artigos localizados além-túmulo, na blogosfera do Hades, onde ficam preservadas as pérolas do pensamento daquele que faz a cabeça da Globo, o Ratzinger, Ali Kamel I e Único.

(Nenhum diretor de jornalismo da Globo jamais teve tanto poder quanto ele. O ansioso blogueiro trabalhou com os outros três.)

Aqui já se mostrou que Kamel quer acabar com o Bolsa Família; diz que não somos racistas (tema de um livro best-seller que escreveu, à moda de Gilberto Freire (*)); é a favor de 1, 2, 3 mil Pinheirinhos; se pudesse acabava com o SUS e o invejado sistema de saúde pública do Canadá; no sinistro episódio das Diretas Já, defende o que nem a Globo defende; o que nem o FHC diria: que o apagão de energia elétrica do Governo FHC-Cerra foi para salvar as criancinhas.

Um jenio !

É a receita ideal para uma empresa que pretende se aproximar da Classe C.

Ainda mais quando se sabe que um dos agentes propulsores da ascensão da Classe C foi a profissionalização da mulher.

E exatamente sobre isso o Ali Kamel produziu peça extravagante: as mulheres ganham menos porque querem.

O Globo – 19/10/2004 – http://www.alikamel.com.br/upload/data/2004.10.19.pdf

Ele sustenta que a diferença entre os rendimentos das mulheres e dos homens não se explica pela discriminação contra as mulheres, mas porque as mulheres é que querem trabalhos de menor carga horária, para dar conta da dupla jornada, trabalho/lar.

Ou seja, a culpa é delas.

Paulo Henrique Amoirm

(*) Conta-se que D. Madalena, um dia, em Apipucos, chegou para o marido e disse em tom severo: Gilberto, essa carta está em cima da tua mesa há um ano e você não abre. Não posso, disse o Mestre. Não é para mim. É para um Gilberto Freire com “i”. Não sou eu.

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