Agressão e ameaças aos depoentes
Diante das agressões, deputados da Comissão de Direitos Humanos e da Subcomissão da Verdade protocolaram na presidência da Câmara representação contra o parlamentar, que é oficial da reserva do Exército e o principal porta-voz dos saudosos da ditadura militar. Para o deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidente da comissão, Jair Bolsonaro abusou das suas prerrogativas:
“O deputado Bolsonaro, que está acostumado a agredir as pessoas e tentar obstruir os trabalhos do Legislativo e, apesar de não fazer parte da subcomissão, tentou obstruir a sessão. Agrediu um servidor, o secretário Marcio Araujo, ameaçou os depoentes, tentou paralisar as atividades da comissão. Como não conseguiu, ele ficou no corredor aos berros ameaçando todo mundo”.
Folclore para satisfazer nicho fascista
Na audiência foram ouvidos dois camponeses e dois militares que participaram da Guerrilha do Araguaia. Jair Bolsonaro, segundo Dutra, tumultuou a sessão e tirou fotos dos depoentes para tentar constrangê-los. Para o Chico Alencar (PSOL-RJ), o fascistóide não só prejudicou o trabalho da subcomissão, como atentou contra o próprio Código de Ética da Câmara Federal.
“Ele ofendeu um servidor. Isso não pode ficar apenas no folclore do Bolsonaro para satisfazer o nicho fascista dele”, argumentou o líder do PSOL. Diante do risco da punição, o deputado provocador – o valentão que sempre foge da briga – tentou se justificar. “Todos os deputados tomaram as dores do servidor. Mas não houve xingamento, mas uma discussão pesada”.
Deu com os burros n'água
Para ele, o pedido de abertura de processo de investigação por quebra de decoro parlamentar é uma tentativa de intimidá-lo por suas críticas à Comissão da Verdade, criada pelo governo Dilma Rousseff. “Essa é uma comissão da mentira. Eles estão revoltados porque eu falei que vou participar de toda e qualquer sessão da comissão que for dentro da Câmara. Eles querem que eu não adentre a subcomissão, mas se essa for a intenção deles, vão dar com os burros n'água”, provocou Bolsonaro.
O pedido de punição do deputado fascista foi entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ele deverá encaminhá-lo à Corregedoria da Casa. O corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), terá prazo de 45 dias para apresentar parecer sobre o caso. Caso considere que houve quebra de decoro, ele enviará o documento à Comissão de Ética para abertura de processo, que pode resultar na cassação de Bolsonaro. Mas o fascistóide não merece apenas ser cassado. Ele devia estar preso!
Altamiro Borges
No Blog do Miro
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”