Guerrilheiro Virtual

sábado, 7 de abril de 2012

O que muitos já sabiam: VEJA a serviço do crime organizado

As suspeitas levantadas nos últimos anos sobre a revista VEJA pela imprensa independente e blogs, estão sendo confirmadas pelas revelações feitas no óvazamento das informações da operação Monte Carlo. Da fabricação de factóides políticos à espionagem ilegal, a revista esteve todo o tempo representando interesses de uma organização criminosa da qual faz parte.
 
Seja com o intuito de livrar criminosos da condenação, como aconteceu na cruzada para inviabilizar juridicamente a operação Satiagraha e desmoralizar os responsáveis por ela, seja para criar crises institucionais no governo federal, ou para defender interesses financeiros do consórcio que faz parte, a revista e seus prepostos cometeram crimes e atentaram gravemente contra o estado de direito democrático.
 
Confirmada a relação próxima do diretor da Sucursal de Brasília da revista, Policarpo Junior, com o conhecido contraventor Carlinhos Cachoeira e seus arapongas, começam a aparecer os indícios que a VEJA usava com frequência os serviços de espionagem de políticos, ministros e personalidades públicas para servir de base as suas reportagens.
 
Essa semana o Correio Braziliense publicou uma matéria que aponta que as imagens publicadas pela revista do Hotel onde se hospedava José Dirceu teriam sido obtidas pela equipe de arapongas do contraventor. Até hoje a VEJA jurava que as imagens tinham sido obtidas pelo circuito interno do Hotel. Na época, nós analisamos as imagens e afirmamos, em primeira mão, que pelas suas características tinham sido obtidas através de câmeras espiãs (Clique aqui para ler o artigo VEJA passou recibo do crime).
 
Diálogos captados pela Polícia Federal mostram que Carlinhos Cachoeira gabava-se por ser a maior fonte da revista. Foram registradas mais de duzentas ligações entre o contraventor e Policarpo Junior, além de encontros pessoais. A revista, por sua vez, utilizava o material obtido ilegalmente por Cachoeira, imagens, vídeos, áudios e e-mails interceptados, e atribuía a “fontes” na ABIN, com o intuito de acusar o governo federal de tentar atacar adversários políticos utilizando os métodos que a própria revista praticava, e ao mesmo tempo tentando enfraquecer a agência de inteligência e a Polícia Federal.
 
O conhecido episódio do suposto grampo da conversa entre o Senador preferido do Contraventor, Demóstenes Torres, e o Presidente do STF à época, Gilmar Mendes, cujo áudio nunca foi mostrado pela revista, e que investigações recentemente concluídas pela PF afirmaram que nunca existiu, foi motivo de grande estardalhaço no país, com o governo Lula sendo acusado de estado policialesco, gerando grande desconforto quando Mendes declarou publicamente que “chamaria o Presidente às falas”, e culminando com a demissão de Paulo Lacerda da ABIN, um profissional qualificado que vinha se dedicando a desmontar o crime organizado no país.
 
A grave farsa que colocou em risco a estabilidade política do país e o equilíbrio entre os poderes, tramada por personagens que as investigações da operação Monte Carlo revelaram serem sócios (Demóstenes, A VEJA e provavelmente Gilmar Mendes) apesar de ter sido completamente desmontada por investigação séria, não motivou qualquer retratação da revista ou dos outros personagens envolvidos que cobraram explicações do governo federal à época.
Em um país com uma imprensa e judiciários sérios, esses episódios seriam suficientes para levar a revista a encerrar suas atividades e levar seus responsáveis ao banco dos réus, mas os tentáculos da organização criminosa alcança o poder judiciário e outros veículos de comunicação ( com raras exceções como no caso da revista Carta Capital).
 
Muita informação ainda está por ser revelada, como o conteúdo das conversas entre o contraventor e o representante da VEJA, portanto preparem seus narizes para o mau cheiro que essas informações vão exalar.
 
LEN

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