A Polícia Federal incluiu o deputado federal Leonardo Vilela (PSDB-GO) na lista de pessoas ligadas ao bicheiro Carlinhos Cachoeira, conforme documentos da Operação Monte Carlo . O tucano, ex-secretário de Meio Ambiente do governo de Goiás e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia nas eleições deste ano, trocou ligações telefônicas e manteve encontros com o bicheiro. É o quarto deputado citado nas investigações da Monte Carlo em razão da proximidade a Cachoeira.
Os outros três - Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) - também estão na lista elaborada pela Polícia Federal e serão investigados pela Procuradoria-Geral da República, que analisa a transcrição dos diálogos telefônicos repassada pela Polícia Federal. Se o procurador-geral, Roberto Gurgel, identificar indícios de crime, eles serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal.
A PF listou 26 políticos ligados a Cachoeira, entre eles Leonardo Vilela e os que protagonizam a crise política desde a prisão do bicheiro, em 29 de fevereiro. Um deles é o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), que aparece nos grampos colocando o mandato a serviço do contraventor. Em entrevista ao Correio, Vilela sustenta que seu caso não pode ser comparado aos demais. "É preciso separar o joio do trigo. As minhas ligações (a Cachoeira) foram para falar de assuntos lícitos", afirma. "Não tenho relações políticas nem de amizade."
A PF considera como ligados a Cachoeira quatro secretários goianos: Alexandre Baldy, de Indústria e Comércio; Jayme Rincon, da Agência de Obras; Ronald Bicca, procurador-geral do Estado; e Wilder Pedro de Morais, de Infraestrutura, primeiro-suplente de Demóstenes.
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