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terça-feira, 10 de abril de 2012

Venezuela lembra os 10 anos do golpe de Estado contra Chávez

Caracas, 10 abr (EFE).- A Venezuela lembra nesta quarta-feira o décimo aniversário do golpe de Estado de 11 de abril que tirou o presidente Hugo Chávez do poder por menos de dois dias e levou a um efêmero Governo autoproclamado pelo empresário Pedro Carmona.

Estes são alguns dos principais fatos que precederam e seguiram o golpe de Estado de 2002

1998.
- 6 de dezembro - Chávez ganha as eleições presidenciais com 56,2% dos votos.

2000.
- 30 de julho - Chávez é eleito presidente com 59% dos votos pelas regras da nova Constituição.

2001.
- 13 de novembro - Chávez aprova 49 leis econômicas por decreto, entre elas a Lei de Terras e a Lei de Hidrocarbonetos.

- 10 de dezembro - A organização Fedecámaras incita uma greve apoiada por sindicatos, profissionais e setores da agroindústria.

2002.
- 15 de março - A alta gerência da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) é destituída.

- 9 de abril - Começa uma greve sindical e empresarial de 24 horas, ampliada para 48 e depois por tempo indeterminado.

- 11 de abril - Milhares de opositores concentrados a frente da PDVSA decidem comparecer ao palácio presidencial para pedir a renúncia de Chávez. No encontro com simpatizantes chavistas, ocorrem confrontos que deixam pelo menos 19 mortos e 100 feridos por franco-atiradores e agentes da Polícia Metropolitana.

- 12 de abril - Chávez é deposto do poder por um golpe de Estado e Pedro Carmona se autoproclama presidente de um Governo transitório.

- 13 de abril - Uma contra-ofensiva militar e civil reinstala Chávez no cargo de presidente.

- 14 de abril - Chávez chega ao palácio presidencial de Miraflores e assume novamente a Presidência.

- 17 de maio - O Governo informa, sem detalhes, que "tomou medidas" para evitar o assassinato do presidente pelas pessoas que tentaram tirá-lo do poder no golpe de Estado de 11 de abril.

- 2 de dezembro - Começa uma greve geral indefinida, denominada de "greve petroleira", que reivindicava a renúncia de Chávez.

2003.
- 3 de fevereiro - A greve acaba depois de 63 dias pedindo a renúncia de Chávez.

- 25 de fevereiro - Atentados com bombas contra escritórios diplomáticas da Espanha e Colômbia em Caracas.

- 12 de março - Atentado com bombas contra o edifício onde eram realizadas reuniões entre o Governo e a oposição com apoio da OEA e outros organismos internacionais.

2004.
- 9 de maio - Forças de segurança detêm em um sítio, de um irmão da cantora cubano-venezuelana María Conchita Alonso, 56 paramilitares colombianos que pretendiam matar Chávez.

- 28 de maio - A oposição inicia uma campanha para um referendo revogatório contra Chávez.
- 3 de junho - O Poder Eleitoral valida mais de 2,4 milhões de assinaturas necessárias para ativar o plebiscito revogatório do mandato de Chávez.

- 15 de agosto - O presidente ganha o referendo revogatório e é confirmado no cargo.

- 17 de novembro - Morre em um atentado com explosivos o promotor Danilo Anderson, responsável por pesquisas sobre os autores do golpe de Estado de abril de 2002.

2005.
- 20 de março - Chávez adverte sobre uma possível invasão militar dos Estados Unidos a seu país e anuncia que a reserva militar passará a depender diretamente da Presidência da República.

- 23 de abril - O presidente venezuelano ordena a retirada dos militares dos EUA dos quartéis venezuelanos e põe fim ao programa bilateral de troca militar de 1951.
- 29 novembro - Os principais partidos de oposição anunciam sua retirada das eleições legislativas de 4 de dezembro.

- 4 dezembro - São realizadas as eleições legislativas sem a participação da oposição e os partidários de Chávez acumulam as 167 cadeiras da Assembleia Nacional.

2006.
- 12 agosto - Chávez formaliza sua inscrição perante as autoridades eleitorais como candidato à reeleição de 3 de dezembro.

- 19 de agosto - O governador do estado petroleiro de Zulia, Manuel Rosales, inscreve sua candidatura à Presidência com o apoio de 41 partidos opositores.
- 3 de dezembro - Chávez ganha as eleições para o período 2007-2013 com mais de 62% dos votos.

- 15 de dezembro - Chávez anuncia a criação de um partido único sob o nome de Partido Socialista Unido da Venezuela.

2007.
- 8 de janeiro - Chávez faz o juramento a seu novo Governo e anuncia que nacionalizará "tudo que foi privatizado".

- 19 de maio - Rosales anuncia uma "rebelião democrática" em rejeição ao anúncio de Chávez de não renovar a permissão para o uso da frequência pela emissora privada "RCTV".

- 1º de maio - O Estado venezuelano, através da estatal PDVSA, toma o controle operacional das atividades relacionadas com os hidrocarbonetos na Faixa do Orinoco (centro do país).

- 27 de maio - Sai do ar a emissora privada "RCTV" por causa da falta de renovação da permissão para o uso da frequência que utilizava.

- 15 de agosto - Chávez apresenta uma proposta de Reforma Constitucional, que inclui a modificação de 33 dos 350 artigos da Constituição e a possibilidade de reeleição ilimitada.

- 2 de dezembro - 50,7% dos venezuelanos dizem "não" à reeleição presidencial ilimitada.

2008.
- 2 de março - Venezuela ordena a retirada dos diplomatas venezuelanos na Colômbia no meio de uma crise em torno das Farc e anuncia mobilização na fronteira.

- 7 de março - O presidente colombiano, Álvaro Uribe, e Chávez se reconciliam.
- 19 de junho - Venezuela nacionaliza o setor de cimento.

- 11 de setembro - Venezuela expulsa o embaixador americano em Caracas, em solidariedade à Bolívia.

- 23 de novembro - As eleições regionais são realizadas, nas quais o PSUV ganha 18 das 23 governanças e 80% dos municípios. A oposição conquista estados-chave.

- 27 de novembro - A comissão legislativa que averiguou um plano de golpe de Estado envolve o líder opositor Manuel Rosales, diretores de meios de imprensa, empresários e militares.

2009.
- 14 de janeiro - Venezuela rompe relações diplomáticas com Israel em protesto pela situação em Gaza.

- 15 fevereiro - é aprovado um referendo a reeleição ilimitada que possibilita a Chávez apresentar um novo mandato em 2012.

- 25 junho - Estados Unidos e Venezuela restabelecem relações a partir do acordo que determina que os respectivos embaixadores voltem a suas capitais.
2010.

- 15 julho - Álvaro Uribe, presidente da Colômbia, denuncia a presença de líderes das Farc em território venezuelano.

- 21 julho - Chávez rompe as relações diplomáticas com a Colômbia.

- 10 agosto - Chávez e Juan Manuel Santos, novo presidente da Colômbia, anunciam o restabelecimento das relações.

- 26 de setembro - O partido de Chávez perde a maioria qualificada na Assembleia Nacional (AN).

2011.
- 5 de janeiro - Toma posse o novo Parlamento com o retorno da oposição após cinco anos.

- 9 de maio - Chávez adia uma viagem internacional devido a uma inflamação no joelho.

- 10 de junho - O governante fala em um hospital de Cuba sobre um abscesso pélvico.

- 20 de junho - Chávez é operado em Cuba de um tumor canceroso.

- 21 de julho - Um dos comissários condenado por mortes no golpe de Estado de 2002 é liberado por sofrer de câncer, no mesmo dia em que o opositor radical Alejandro Peña Eclusa recebe o mesmo benefício.

- 28 de julho - Chávez festeja seu 57º aniversário, eliminando a palavra "morte" de suas palavras de ordem.

- 17 de agosto - O presidente anuncia a retirada de reservas em ouro venezuelano dos EUA e da Europa.

- 24 de dezembro - Chávez perdoa 141 presos e aplaude a libertação de comissários sentenciados no golpe de Estado de 2002.

2012.
- 12 de fevereiro - O governador do estado Miranda, Henrique Capriles, é eleito o candidato de consenso da oposição para as eleições presidenciais de 7 de outubro.

- 21 de fevereiro - Chávez anuncia que esteve em Cuba e que foi detectada uma "lesão" no lugar onde tinha o tumor, por isso deverá ser operado de novo, embora negue a existência de metástases.

- 26 de fevereiro - Chávez é operado em Havana de um tumor cancerígeno.
- 20 de março - Chávez denuncia plano para provocar o candidato opositor Capriles. O líder opositor lhe chama de "irresponsável".

- 29 de março - Chávez ameaça nacionalizar bancos ou empresas que apoiem supostos planos violentos contra o governante.

- 7 de abril - Chávez acusa a oposição de pretender retomar o caminho do golpe de Estado de 11 de abril. EFE

Do Yahoo

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