Guerrilheiro Virtual

domingo, 6 de maio de 2012

O crime da Veja. O que leva Robert(o) em cana

 
O ansioso blogueiro encontra blogueira suja na Padaria Aracaju, onde o Alberto explica a crise do Euro melhor que a Urubóloga.
 
– O que você precisa explicar direitinho, ansioso blogueiro, é qual é o crime da Veja.
 
– Qual deles, pergunta o ansioso blogueiro à blogueira suja.
 
– Por exemplo, a Veja levou grana?
 
– Do Cachoeira?
 
– É. A Veja levou grana do Cachoeira?
 
– Não, diretamente, não. Assim, de pegar o dinheiro numa mala e esconder num apartamento no Jardim Paulista, não. Desse jeito, não.
 
– Então, qual é o crime?, ela pergunta, mais ansiosa que o ansioso.
 
– O primeiro crime é transformar a Veja num instrumento do crime organizado.
 
– Isso é crime?
 
– E você ainda pergunta? A Veja era a arma que o Cachoeira apontava para a fronte dos que prejudicassem os negocios dele e do Demóstenes.
 
– É o crime de cumplicidade.
 
– De co-autoria. A Veja sabia que o Cachoeira era um criminoso, e dava curso a ações criminosas do Cachoeira e prosseguiu no crime.
 
– E qual o interesse do Robert(o) Civita nisso?
 
– Vários. Primeiro, ajudar a derrubar o Lula e a Dilma. E ele é visceralmente reacionário e entreguista.
 
– Calma, ansioso blogueiro. Use expresões mais sutis.
 
– Tá certo. Reacionário e entreguista.
 
– Sim, mas isso não é crime.
 
– O crime é usar as reportagens da Veja como gazua.
 
– Gazua? O que é isso?
 
– Gazua é um gancho, de ponta chinfrada, que os assaltantes usam para abrir portas, cofres e saquear.
 
– Caramba, isso é muito forte.
 
– Forte foi o saque. A Editora Abril caminha para a extinção. É um dinossauro. Só quem faz dinheiro ali naquela árvore é o galho podre da Veja. Por isso, o Robert(o) e os filhos já picaram a mula da Editora Abril e foram para o negócio da Educação.
 
– Então a Veja é a gazua dos novos negócios.
 
– Exatamente! Funciona assim: ou dá ou meto você na capa da Veja.
 
– Uma chantagem.
 
– Bingo! O Cachoeira fornecia o material que dava a forma, a dimensão da gazua.
 
– Como assim?
 
– Ou você faz o que eu quero ou faço com você o que o Cachoeira fez com o José Dirceu.
 
– Mas, a vítima entendia, sabia que se tratava de uma gazua?
 
– Minha cara, gazua não tem ombro.
 
Pano rápido.
 
Paulo Henrique Amorim
 

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