Guerrilheiro Virtual

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Alianças políticas: dormindo com o inimigo

Laerte Braga no facebook

(título da postagem colocado por este bloguezinho mequetrefe)

Alianças políticas, partidárias, num determinado momento do processo maior são objeto de comentários de Lênine e não são negadas. O que é preciso ter em mente é que existem alianças e alianças e existem fases do processo e fases do processo. 

No caso do golpe no Paraguai, é preciso ficar claro que foi desfechado a partir de interesses de empresas como a CARGILL, a MONSANTO, com cumplicidade dos latifundiários brasileiros e dos latifundiários brasilguaios e de parte da nossa diplomacia. Isso é grave e o governo Dilma acabou sendo arrastado em meio a uma política de condenação do golpe que não condenou nada, até porque Lula avalisou o golpe ao dizer que as eleições de abril "restabelecerão a democracia no Paraguai", Vão legitimar o golpe. 

O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães e o general Lessa, no governo Lula, com aval de Celso Amorim, desenvolveram um projeto estratégico para o Brasil até o ano de 2022 - acho que é data real, mas se estiver errado e´por pouco -, que ampliava os horizontes da soberania de nosso País, criava condições para a preservação da integridade territorial sobretudo Amazônia e Tríplice Fronteira. O grupo de diplomas remanescente do período de Lampréa, Celso Láfer, etc, tenta se impor ao perceber a fraqueza da presidente que começa na nomeação de um diplomata sem estofo para ocupar o Ministério das Relações Exteriores, Antônio Patriota, jogando por terra um dos aspectos positivos do governo Lula, em meio a tantos negativos. Pior, a substituição na Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo, de Samuel Pinheiro Guimarães por Moreira Franco, algo que chega a ser estarrecedor. Revelador da falta de percepção do governo para algo além de eleições e políticas econômicas assistencialistas e neoliberais. Governo pequeno que abraça Kátia Abreu. 

O que está em jogo no golpe paraguaio é muito mais que um golpe de estado, é a própria condição de independência do Brasil, soberania, hoje um País cercado por bases militares norte-americanas, parte do plano GRANDE COLÔMBIA (recolonização), com dependência tecnológica em setores fundamentais e um governo que parece não ter a menor noção disso. 

Samuel Pinheiro Guimarães não pediu demissão do cargo de Comissário do MERCOSUL por não concordar com as reações brasileiras, tímidas e controversas, ao golpe, mas por conta da capitulação a um processo político dominador e que em médio e longo prazo coloca nosso País na rota das diligências nucleares da WELLS FARGO, com direito a Búfalo Bil. Não há crise no Itamaraty. Há um avanço da direita e um chanceler tonto que não tem a menor idéia de nada do que se passa a um dedo do seu nariz em termos de política externa. E uma presidente que dizem ser brava, mas foi engolida pelos latifundiários brasileiros.

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