Julian Assange terá asilo político no Equador. Fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada há 2 meses. |
Momentos após uma fonte da Presidência do Equador confirmar ao jornal britânico The Guardian
que o país havia aceitado o pedido de asilo político feito pelo
jornalista Julian Assange em junho, o presidente Rafael Correa publicou
em sua conta do Twitter que “não há nenhuma decisão a respeito” e que ainda “aguarda um informe da chancelaria”.
Mais cedo nesta terça-feira (14/08), um alto funcionário do governo equatoriano revelou à correspondente do Guardian em Quito que o país “vai conceder asilo a Julian Assange". Na última segunda-feira (13/08), Correa fez um pronunciamento na ECTV e declarou que tomaria uma decisão sobre o assunto ainda esta semana.
Nesse período de espera, Correa assegurou que analisou uma enorme
quantidade de material sobre legislação internacional para adotar um
posicionamento responsável. A agência holandesa de notícias BNO teve
acesso ao Ministério das Relações Exteriores do Equador, que alega que
ainda não tomou uma decisão sobre o pedido de Assange.
No documento que entregou à época às autoridades diplomáticas
equatorianas, Assange diz que considera "impossível" seu retorno a seu
país de origem após a "lamentável declaração efetiva de abandono"
recebida pelo governo da Austrália.
A Suprema Corte britânica anunciou em junho que o recurso feito por
Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. Com
isso, não restavam mais possibilidades de reversão da sentença do
jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.
Com a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a
autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia
ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos
Humanos em Estrasburgo. "A Corte Suprema do Reino Unido desestimou o
pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do Sr. Julian Assange, que
buscava reabrir sua apelação", declarou a máxima instancia judicial do
país na ocasião.
Os magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último
mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa
requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.
O fundador do Wikileaks, que revelou milhares de documentos
confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi
detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas
autoridades da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu
sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da
Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal
Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.
No Opera Mundi
Nenhum comentário:
Postar um comentário
”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”