Equador processará empresa dos EUA por venda de DNA de indígenas a
Harvard. Rafael Correa afirmou que o Instituto Coriell rompeu com
“qualquer ética” e que caso não ficará impune.
O governo equatoriano processará o instituto médico norte-americano
Coriell pela venda de material genético não-autorizado de indígenas da
tribo waorani à Universidade de Harvard.
A iniciativa foi anunciada pelo próprio presidente do Equador, Rafael
Correa. “Estamos estudando, juntos com os waorani, os melhores
mecanismos para levar este caso aos tribunais internacionais. Não
permitiremos que isso fique impune”, afirmou.
Tribo indígena waorani, do Equador. Foto: reprodução
Com a justificativa de examinar a saúde dos indígenas, dois médicos
norte-americanos retiraram amostras de sangue de diversos membros da
tribo em 1990 e 1991.
O interesse no DNA de indígenas é decorrente do fato de eles serem
mais resistentes a algumas doenças. Ainda assim, Correa classificou a
venda do material genético sem autorização como “o rompimento de
qualquer ética”, segundo a rede multiestatal Telesur.
Para a ministra de Patrimônio do Equador, María Fernanda Espinosa, a
empresa norte-americana cometeu um “atentado contra a integridade e o
direito de consulta da nacionalidade waorani”.
O Instituto Coriell, por sua vez, nega ter lucrado com a
comercialização de DNA dos indígenas. De acordo com a companhia, todos
os seus funcionários são obrigados a assinar um termo de compromisso de
que as amostras não serão vendidas, nem distribuídas a outros
pesquisadores.
Agências
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