PT celebra fim do 'namoro' Dilma-Fernando Henrique
Mais do que uma defesa da era Lula, a nota em que a presidente Dilma
Rousseff defendeu a "herança bendita" do antecessor resgatou uma
polarização de que os petistas sentiam falta; "Ela recolocou as coisas
no devido lugar", traduz o líder Jilmar Tatto; mensagem de Dilma teria
servido de "freio de arrumação.
A relação vinha incomodando, pelos menos aos petistas. O namoro começou
quando a presidente Dilma Rousseff convidou o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso para um almoço com o presidente dos Estados Unidos,
Barack Obama, em março de 2011, ignorando as desavenças entre o tucano e
seu mentor, o ex-presidente Lula -- que nunca convidou FHC para nada
enquanto presidente. Desde então, seguiram-se outros encontros e trocas
de amabilidades em público. Outro dia, por exemplo, FHC saiu em defesa da presidente contra os grevistas.
O que vinha sendo visto por muitos como um elogiável comportamento de
estadista de Dilma, contudo, não descia bem nos petistas, que celebram
desde a segunda-feira a resposta que a presidente Dilma deu, por meio de
nota, ao artigo publicado pelo ex-presidente FHC no domingo. Na
mensagem, Dilma contesta a "herança pesada" que o tucano atribuiu a Lula, classificando-a como "herança bendita".
A reação foi considerada por integrantes da cúpula do PT no Congresso
Nacional como um "necessário freio de arrumação". "Ela recolocou as
coisas no devido lugar", disse o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto
(PT-SP), à Folha de S.Paulo. "O Fernando Henrique pediu. Estamos em
época de eleição e querer deslocar a imagem de Dilma de Lula é
desconhecer a relação dos dois", completou.
A ministra Ideli Salvatti, das Relações Institucionais, também apoiou a
iniciativa da presidente: "Falou e falou muito bem. Está dito". Outro
que se uniu ao coro de elogios foi o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
"Avalio que a presidente Dilma foi precisa e equilibrada em suas
palavras", disse o senador, antes de ler a nota da presidente no
plenário do Senado.
Ainda é preciso medir os efeitos que o artigo de FHC e a resposta de
Dilma terão sobre a relação que os dois vinham mantendo. E isso, só o
tempo dirá. Enquanto isso, os petistas devem seguir saboreando o
distanciamento.Da redação, com informações do Brasil247
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