Levy Fidelix diz ter recebido oferta para desistir do debate em troca de espaço dentro da cobertura jornalística da Globo.
Do infatigável Stanley Burburinho (quem será ele, o mais sujo dos sujos ?):
“Fidelix afirmou, ainda, ter sido procurado por funcionários da
emissora [TV Globo] para que desistisse de participar do debate em troca
de um espaço maior dentro da cobertura jornalística nos telejornais
regionais. Seria uma forma de suborno, segundo o representante da
legenda.
– Tentaram me comprar – disse.”
Rede Globo é alvo de pedido de CPI após cancelar debate na capital paulista
A Rede Globo de Televisão será alvo de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito, na Câmara dos Deputados, se for aprovado o pedido formulado
por Levy Fidelix, presidente do PRTB. A demanda iniciou-se nesta
quarta-feira, após a emissora cancelar, na véspera, o debate que seria
realizado nesta quinta-feira entre os candidatos à Prefeitura de São
Paulo. Fidelix afirmou que contará com o representante de seu partido na
Câmara, o deputado federal Auréo Lídio Moreira Ribeiro (RJ), entre
outros apoiadores no Legislativo para instaurar um processo contra a
emissora, que, segundo ele, tem problemas com a arrecadação de impostos.
Levy venceu uma ação contra a rede de TV, movida na Justiça Eleitoral de
São Paulo, que pretendia realizar o debate de São Paulo com, no máximo,
seis candidatos, e deixar de fora o postulante do PRTB. Com base na Lei
Eleitoral, que garante participação de um concorrente cujo partido
possui representantes na Câmara dos Deputados, Levy garantiu, em
primeira instância, a sua participação no programa. A Globo, no entanto,
recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a decisão do
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER/SP), mas, segundo nota da
própria emissora, o debate foi cancelado “devido à falta de tempo para
garanti-lo na Justiça”, uma vez que o TSE ainda não se decidiu sobre o
assunto.
Segundo a emissora, o debate deveria ser realizado com apenas seis
candidatos – Celso Russomano (PRB), José Serra (PSDB), Fernando Haddad
(PT), Gabriel Chalita (PMDB), Soninha Francine (PPS) e Paulinho da Força
(PDT), os primeiros colocados nas pesquisas –, formato que considera
“ideal”. Além de Levy, Carlos Giannazi (PSOL) também teria garantido o
direito de participar do debate, de acordo com a Lei Eleitoral, e também
brigava na Justiça para garantir sua participação. Em 2008, a emissora
cancelou o debate na capital paulista também pelo excesso de candidatos.
Segundo o candidato do PRTB, a Globo “tentou usurpar a competência do
Congresso” e se considera “acima da lei”.
– A Justiça deu na testa da Globo – afirmou Levy.
O presidente do PRTB considerou “radical” o cancelamento do debate.
– Para mim, perdeu a democracia – lamentou.
Fidelix afirmou, ainda, ter sido procurado por funcionários da emissora
para que desistisse de participar do debate em troca de um espaço maior
dentro da cobertura jornalística nos telejornais regionais. Seria uma
forma de suborno, segundo o representante da legenda.
– Tentaram me comprar – disse.
Além da TV Globo, a TV Record também cancelou seu debate, que iria ao ar
na segunda-feira, dia 1º. A emissora alegou que o debate não poderia
ser realizado sem a participação de Celso Russomano, que não poderia
participar por conta do nascimento de sua filha, e José Serra, que, de
acordo com a emissora, não havia confirmado presença. A afirmação foi
negada pelo tucano. Para Levy, o debate da Record foi cancelado para
“proteger” Russomano na reta final da eleição.
– É uma farsa – disse sobre o líder nas pesquisas de intenção de votos. E questionou: “Será que a Globo tem algum candidato?”
Procurada por jornalistas, a Rede Globo não se manifestou a respeito das
afirmações do candidato, e se limitou a dizer que, “como em todos os
anos, se buscou um acordo para viabilizar um debate com seis candidatos,
número máximo viável para uma discussão produtiva. E isso não foi
possível”.
Fidelix não revelou quem pretende apoiar no segundo turno.
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