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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Kassab diz que vai “contribuir” com Haddad

Em resposta ao prefeito eleito em São Paulo, Kassab afirma que vai incentivar vereadores do seu partido a terem a mesma postura

Por: Ricardo Galhardo, no: iG

kassabO prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), disse ao iG que vai incentivar os vereadores do seu partido a colaborar com o prefeito eleito Fernando Haddad (PT) na Câmara Municipal. A declaração foi uma resposta à afirmação feita por Haddad na tarde desta segunda-feira de que não vê a possibilidade de o PSD fazer oposição sistemática ao seu governo na Câmara.

“Torço para que o governo de Haddad dê certo e atenda às expectativas dos paulistanos”, diz Kassab ao iG 

“O prefeito eleito tem razão. Já deixei claro que vou contribuir como cidadão e ex-prefeito. Como dirigente partidário, vou incentivar os vereadores a terem a mesma postura. Já disse antes, e repito, que torço para que o governo dele dê certo e atenda às expectativas dos paulistanos”, disse Kassab. 

De acordo com fontes do PT, interlocutores de Kassab têm dito que o prefeito está disposto a colaborar com Haddad mas sem integrar formalmente a base de apoio parlamentar da mesma forma como os deputados do PSD tem votado a favor de projetos da presidenta Dilma Rousseff embora o partido não faça parte do governo. 

Aos petistas, aliados do prefeito dizem que Kassab tem dois interesses. O primeiro é garantir a aprovação das contas de sua gestão e defender seu legado na prefeitura. O segundo é participar da escolha do próximo presidente da Câmara Municipal. 

Desde o fim do primeiro turno ele trabalha para construir um bloco de vereadores incluindo PSD, PV, PTB e DEM que contaria com 17 cadeiras. 

A colaboração de Kassab é fundamental para que Haddad consiga uma maioria segura na Câmara. Os partidos que apoiaram o prefeito eleito (PT, PMDB, PC do B, PSB e PP) tem apenas 20 cadeiras. O objetivo é chegar a pelo menos 28 e configurar a maioria dos 55 vereadores. O PSD tem 7 cadeiras e o PRB de Celso Russomanno, que integra a base do governo Dilma, duas. 

Além desses partidos, emissários de Haddad pretendem dialogar com o PR, que tem três cadeiras, e o PV, que tem quatro. 

Segundo petistas, o nome mais forte no PSD para presidir a Câmara é o do atual presidente, Police Neto que tem contra si o fato de ter sido eleito com uma baixa votação. 

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No PV o ex-tucano Tripoli, vereador mais votado de São Paulo com 134 mil votos, já manifestou interesse de presidir a Casa. 

Outro nome citado é o do ex-presidente da Câmara Antonio Carlos Rodrigues (PR), que embora tenha sido eleito tem a opção de continuar no Senado como suplente da ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT). 

O petista Arselino Tatto também já enviou sinais de que pretende disputar a presidência. Suas pretensões, no entanto, podem ser sacrificadas em nome da construção de uma maioria sólida para Haddad. 

Nesta terça-feira à tarde o prefeito eleito vai se encontrar com Kassab para discutir a transição. 

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