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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Mídia blinda tucanos paulistas envolvidos em escândalos de R$ 425 milhões

O Ministério Público Estadual entra na investigação sobre propina e superfaturamento de obras no metrô e nos trens metropolitanos de São Paulo, denunciados pela empresa alemã, Siemens, que integra o cartel, juntamente com a francesa Alstom, que confessou a distribuição de U$ 6,8 milhões, entre 1998 a 2001, a membros do PSDB paulista. 
 
O MP pedirá às Justiças suíça e alemã cópias de depoimentos e de documentos bancários com indícios de supostos pagamentos feitos por executivos a "agentes públicos" que trabalharam no governo do Estado de São Paulo. A Siemens revelou que 7,5% do valor de contratos de 15 empresas, entre 1995 e 2010, iam para as mãos dos tucanos. 
 
Nos EUA, recentemente importante executivo da Alstom foi preso por corrupção. A multinacional francesa também foi condenada em vários países por ter corrompido servidores públicos. Mário Covas, já falecido, José Serra e Geraldo Alckmin estão no olho do furacão.
 
O então genro do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, David Zylbersztain, estava à frente da Secretaria de Energia de São Paulo e participou das negociações de assinaturas de contratos de consultoria, além de ser um dos "gênios" quando esteve no comando da Agência Nacional de Petróleo, que quiseram transformar a Petrobras em Petrobrax, com a finalidade de facilitar uma possível privatização da mais importante estatal brasileira.
 
Andrea Matarazzo atualmente vereador do PSDB, também participou desse processo de consultoria, bem como também foi secretário de Energia.
 
Enquanto isso, com exceção da revista Istoé, que deu detalhes do caso, a imprensa de mercado blinda as autoridades tucanas envolvidas em um escândalo de R$ 425 milhões, e que teve seu começo há 20 anos. Em meio às manifestações no Brasil, a alemã Siemens demite seu presidente-executivo, Peter Loescher. 
 
A imprensa de mercado se cala, torna-se cúmplice dos que cometeram malfeitos e mostra mais uma vez que fazer jornalismo é apenas um mero detalhe, pois esconde tamanho escândalo do povo brasileiro, porque a imprensa de negócios privados tem lado, cor, partido político e ideologia. É isso aí.
 

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