Em vídeo, ele pede que seus fieis não façam nada contra pastores ladrões e pilantras porque são “ungidos do Senhor”.
“Quem é que toca no ungido do Senhor e fica impune? Ungido do Senhor é
problema do Senhor. Teu pastor é ladrão? Teu pastor é pilantra? Sai de
lá e vai pra outra igreja. Não se mete nisso porque não é da sua conta”.
“Não toca em ungido que é problema. Já vi gente morrer por causa disso”.
Silas Malafaia conseguiu mais uma vez. Num de seus cultos, fez uma
chantagem com seus seguidores. Disse a eles, basicamente, que não façam
nada se o sujeito que estiver ali no púlpito for um bandido.
O “ungido do Senhor”, supõe-se, está acima da lei. Pode roubar, mas isso
é problema exclusivo dele. Pode praticar a pilantragem que for, mas
ninguém tem nada com isso. Só Deus poderia tomar uma atitude.
O neopentecostalismo de Malafaia oferece um salvo conduto a maus
caracteres? Ele não defende explicitamente que sua plateia roube ou
cometa crimes. Mas o líder da seita tem um estatuto especial que lhe
permite ser bandido.
É a carteirada do Malafaia.
Fora tudo, falta a SM ler a Bíblia. São Pedro falou o seguinte:
“Sujeitai-vos a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja
ao rei, como soberano, quer às autoridades, como enviadas por ele, tanto
para castigo dos malfeitores como para louvor dos que praticam o bem.
Honrai ao rei”.
Pedro viveu, segundo a tradição, sob Nero. Ou seja, mesmo que Nero
esteja no governo, o cristão deve respeitar as leis. Pedro pregou isso
durante um império que o perseguiu e martirizou (morreu crucificado de
cabeça para baixo em Roma).
Na estranha teologia de Malafaia, sua gangue está liberada para qualquer
coisa. E quem abrir o bico já sabe o que acontece, mano.
Do Amoral Nato
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