247 - A multinacional Siemens teria apresentado
ao Cade (Conselho Administrativo de Desenvolvimento Econômico)
documentos que atestam que o governo de São Paulo deu aval à formação de
um cartel para licitações de obras do metrô no Estado. O acordo
permitiu ampliar em 30% o preço pago em outra licitação para manutenção
de trens da CPTM.
O caso finalmente começa a ser repercutido por grandes jornais, como a
Folha. Segundo reportagem da publicação, no texto, de fevereiro de
2000, um documento interno aponta que "o fornecimento dos carros [trens]
é organizado em um consórcio político'. Então, o preço foi muito alto".
No mês passado, a companhia delatou a existência de um cartel, do
qual fazia parte, para compra de equipamento ferroviário, além de
construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no
Distrito Federal.
A formação do cartel para a linha 5 do metrô de São Paulo, de acordo
com a Siemens, se deu no ano de 2000, quando o Estado era governado pelo
tucano Mário Covas, morto no ano seguinte. O esquema se estendeu ao
governo de seu sucessor, Geraldo Alckmin (2001-2006), e ao primeiro ano
de José Serra, em 2007.
O então secretário de transportes Cláudio de Senna Frederico nega,
mas disse: "Não me lembro de ter acontecido uma licitação, de fato,
competitiva".
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