Guerrilheiro Virtual

sábado, 13 de agosto de 2011

DEM, o partido mais corrupto do Brasil, usa negro para atacar a esquerda



Em uma nova inserção partidária que vai ao ar hoje, o DEM usa o depoimento de um militante negro para criticar a esquerda e tentar aproximar o partido da população pobre. No vídeo, o jovem baiano Bruno Alves diz morar na periferia e afirma: "Alguns políticos pensam que eu tenho que ser de esquerda". "A esquerda não é dona dos jovens nem da periferia", afirma Bruno na propaganda de 30 segundos.

Ele defende, em seu depoimento, bandeiras tradicionalmente associadas ao governo Lula e partidos de esquerda. Diz ser a favor das cotas "para pobres, independente (sic) da cor" e do Bolsa Família. "Mas as pessoas não podem depender dela (da bolsa) para sempre", diz. E arremata: "Eu quero mais. Quero saúde, segurança e paz".


A ideia das propagandas é, segundo o senador José Agripino Maia (RN), presidente nacional do DEM, "fixar uma posição de centro e eliminar da esquerda qualquer ideia de progressismo". Ele nega, contudo, que o partido esteja usando a raça de Bruno Alves para atacar a esquerda. "São simbologias. A esquerda se coloca como protetora de certos conceitos", afirma. "Mas (o vídeo) não está atacando a esquerda. Está fazendo uma constatação. Aquele rapaz teve uma ação. Ele é um ativista do partido que por acaso é da cor negra."

Agripino admite, entretanto, que o objetivo das inserções é retirar do DEM a pecha de direitista e elitista. "O DEM não é um partido de elite e esta é a linha que foi adotada nos programas, (Os vídeos) conceituam o partido e mostram sua atuação na oposição."

Em outra inserção que também começa a ser exibida amanhã, o DEM mostra uma maçã podre e a compara ao governo do PT. "O Democratas é assim: fiscaliza o governo, aponta os erros, cobra responsabilidades e luta por mais transparência", diz o narrador, enquanto são exibidas manchetes de jornais com denúncias contra o PT - uma delas intitulada "Petista é preso com R$ 437 mil em notas", de 2005.

Os dois vídeos, dirigidos por José Fernandes - marqueteiro da bem-sucedida campanha à reeleição de Agripino Maia ao Senado -, terminam com o slogan: "Democratas, o partido da sociedade livre e da democracia brasileira". No Estadão

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