Mais de seiscentos mil estudantes protestam nas ruas de cidades chilenas contra a privatização do ensino público posta em prática pelo governo de Sebástian Piñera, empresário e antigo colaborador do regime do general Pinochet.
Corrupto e de extrema-direita, o empresário/presidente tenta colocar o país com o mais alto índice de renda per capital da América Latina e igual desigualdade social a reboque do modelo neoliberal. Não que os governos da democracia cristã, considerados de centro-esquerda, tenham modificado esse quadro de desigualdade. Mas tímidas reformas asseguravam direitos básicos e fundamentais dos estudantes e trabalhadores.
Piñera, ligado a grupos estrangeiros e principalmente ao governo dos EUA, quer modificar essa situação.
Não há diferença entre a brutalidade da polícia de Pinochet e a de Piñera no massacre a estudantes e trabalhadores que protestam contra as medidas do governo. O que os difere é o fato do ditador ter sido um general e do presidente ser um civil. Na essência perseguem os mesmos objetivos.
A grande mídia privada na América Latina, podre e venal, ignora a dimensão dos protestos. Esconde os fatos, a realidade, é braço desse processo.
A cidade de Trípoli, capital da Líbia, é hoje um amontoado de corpos por todas as ruas, hospitais destruídos pelos bombardeios “humanitários” da OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – e faltam medicamentos, água, luz, um caos para assegurar a Washington e às colônias da Comunidade Européia o controle do petróleo.
O ditador líbio Muammar Gadaffi é um antigo aliado/sócio do pedófilo Sílvio Berlusconi (primeiro-ministro da Itália) e chegou a ter a partir de um acordo comercial e político, boas relações com os norte-americanos. Vai ser substituído por políticos mais dóceis às vontades e interesses do conglomerado terrorista ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
O país inteiro sai destroçado de uma guerra inventada pelo conglomerado. Formada por várias tribos a Líbia deve virar colônia de interesses dos donos do mundo. Falidos, mas montados em arsenais nucleares capazes de destruir o planeta cem vezes se necessário for.
A boçalidade em forma, supostamente, de seres humanos.
O porta-voz europeu é David Cameron, primeiro-ministro da Micro-Bretanha (antiga Grã Bretanha) e principal funcionário de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
Países como a Grécia e Portugal estão afundando no oceano da inconsequência capitalista. Itália e Espanha começam a sentir os efeitos do tsunami neoliberal – a falência dos EUA, um dos dois centros do terrorismo de Estado, o outro é Tel Aviv – e Alemanha e França já dão sinais de falta de fôlego para enfrentar os efeitos desses desastres.
A Micro-Bretanha tem uma situação diversa. É a mais importante base militar de ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A e acaba se beneficiando disso, mesmo em processo de concordata e falência a vista.
Na América do Norte o México é o depósito de lixo mais próximo dos EUA e o Canadá, segundo os próprios norte-americanos, um “México melhorado”.
As baterias do capitalismo começam a assestar suas miras agora contra a América Latina, no caso, principalmente a Venezuela e a Bolívia. No Brasil o governo Dilma Rousseff não disse ainda a que veio e tem capitulado em questões fundamentais como a banda larga.
A guerra pela posse do pré-sal está se iniciando apenas. O governo Rousseff se mostra perdido e fraco diante da investida do terrorismo de Estado do conglomerado.
Na segunda-feira o governador do estado do Rio, Sérgio Cabral, em reunião chamada de debate promovida pela ONG/QUADRILHA ESPÍRITO SANTO EM AÇÃO, defendeu a entrada de empresas estrangeiras de forma ampla no processo de exploração do pré-sal brasileiro e encobriu esses interesses, ditados a partir do conglomerado, com a defesa do royalties apenas para os estados produtores.
O ex-presidente Lula vetou um projeto nesse sentido e determinou uma distribuição mais equitativa dos benefícios futuros do pré-sal. Por trás dos interesses no petróleo chega também a cobiça pelas reservas de água doce no Brasil. O pretexto é o intercâmbio entre polícias e forças armadas brasileiras e norte-americanas para combater o tráfico de drogas.
Há um acordo assinado pelo ex-ministro da Defesa Nelson Jobim cedendo, na prática, 150 quilômetros da fronteira do Brasil com a Colômbia para operações “conjuntas”. Desde o golpe de 1964, com o expurgo de oficiais brasileiros das forças armadas, essa instituição – vá lá – é adereço norte-americano.
A demissão de Jobim, até agora, não significou a revogação do acordo. Registre-se que a Colômbia é governada por um traficante ligado aos mais brutais cartéis da droga.
Os EUA enfrentam altos índices de desemprego, é grande o número de sem teto, a violência permeia as grandes cidades em escalada cada vez maior, o governo de Barack Obama se mostra servil ao complexo industrial, militar e financeiro que controla o país, mas o arsenal nuclear garante a supremacia e o terror sobre as outras nações do mundo.
A revolução egípcia terminou na covardia dos militares daquele país, todos com uniforme dos EUA/ISRAEL por baixo da farda disfarce das forças armadas do Egito.
A falência do modelo e o terrorismo de Estado imposto por ISRAEL e pelos ESTADOS UNIDOS mostram também a falência do institucional. Cada vez mais as nações e blocos são governados por comissões formadas a partir de banqueiros, empresários, latifundiários, sem qualquer mandato popular e principalmente, sem nenhuma participação dos trabalhadores, estudantes, dos cidadãos de um modo geral, nas decisões.
O exemplo de estudantes chilenos, como o de espanhóis, dos gregos, mostra que a luta vai ter que ser travada nas ruas.
É um momento de crise aguda e terminal do capitalismo, razão pela qual se sustenta no terror nuclear.
Esperar da chamada grande mídia um compromisso com a informação séria, a mídia privada, é imaginar que seja possível a um criminoso como Rupert Murdoch, cidadão israelense, o mínimo de dignidade ou ética com a verdade. É dono do maior império midiático do mundo e não há quem esteja protegido contra as invasões de e-mails, gravações telefônicas, toda a sorte de espionagem e terrorismo para a chantagem subsequente, instrumento dos mais importantes do conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A.
O terror nuclear sinaliza cada vez mais o estado mundial totalitário previsto por George Orwell em “1984” e por Aldous Huxley em “O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO”. Um mundo de seres objetos, transformados em mercadorias no espetáculo degradante que o capitalismo cria e proporciona para manter-se de pé.
Ou a luta nas ruas, ou voltamos ao estágio de quadrúpedes. Pior, de zumbis calçando ADIDAS, vestindo ZARA, abobalhados diante de aparelhos de tevê e toda a alienação vendida em massa na ilusão do creme dental que branqueia mais que qualquer outro.
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