A brusca redução dos juros brasileiros deu novo alento para a Bolsa de Valores nacional, que amargava perdas de quase 19% neste ano, e fez ações bastante castigadas nos últimos meses subirem mais de 7% no pregão desta quinta-feira.
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"O Banco Central deu uma guinada [ontem à noite] e praticamente mudou toda a política monetária. E essa notícia pegou um mercado que estava sedento por alguma boa notícia", comenta Antonio Cesar Amarante, analista da corretora Senso.
O Ibovespa, o termômetro do mercado acionário brasileiro, subiu mais de 3% ao longo de boa parte do dia, para avançar 2,87% no fechamento de hoje, atingindo os 58.118 pontos.
O volume financeiro também foi surpreendente, na casa dos R$ 9,5 bilhões, muito acima da média de R$ 5 bilhões vista nos últimos meses.
Os principais beneficados pela "corrida" de hoje foram ações do segmentos ligados ao consumo doméstico, como as redes varejistas, construtoras e bancos. Os papéis da PDG e Rossi avançaram mais de 7%, enquanto a ação da Tecnica disparou 8,8%, somente entre as imobiliárias.
No ramo de varejo, os papéis da Magazine Luiza valorizaram 8,7%, enquanto os ativos das Lojas Renner e Lojas Americanas subiram mais de 4%.
Já entre os bancos, as ações do Bradesco ganharam 7,4%, enquanto os papéis de BB e Itaú-Unibanco tiveram ganhos de 6,10% e 6,83%, respectivamente.
O relaxamento inesperado da política de juros ajudou a Bolsa nacional a escapar da derrocada generalizada nos mercados americanos, que fatalmente devem afetar os negócios de amanhã: em Nova York, o mundialmente influente índice de ações Dow Jones caiu 1%, enquanto o mais abrangente S&P500 cedeu 1,18%. A Casa Branca revisou para baixo as projeções de crescimento econômico deste ano e do próximo.
O dólar comercial avançou 1,50%, atingindo R$ 1,617 no encerramento das operações de hoje.
E no segmento de juros futuros, os principais contratos negociados desabaram: a taxa projetada para janeiro de 2012 passou de 11,95% para 11,36%. Para janeiro de 2013, a taxa prevista passou de 11,12% para 10,48%.
"Agora, o mercado já espera que em outubro [mês da próxima reunião do BC] vai haver um novo corte de juros", comenta Reginaldo Galhardo, diretor da corretora Treviso.
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