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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dilma defende na ONU Estado da Palestina, união de países contra crise e reforma do Conselho de Segurança

A presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da ONU - Foto da Reuters

 A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta quarta-feira, durante a abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), a união dos países para enfrentar a crise econômica mundial, a reforma do Conselho de Segurança do órgão, com uma vaga permanente para o Brasil, e a criação do Estado Palestino .

Lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado Palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. Assim como a maioria dos países nesta Assembleia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título.

" Lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas "
A presidente recebeu aplausos em outras duas ocasiões: quando disse que sentia orgulho de ser a primeira mulher a fazer o discurso de abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas e quando defendeu a reforma do Conselho de Segurança. Ao contrário de Dilma, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama - o segundo a discursar - não foi interrompido nenhuma vez pelos aplausos. Obama disse que a solução para o impasse entre israelenses e palestinos é o diálogo .

 A atuação do Conselho de Segurança é essencial, e ela será tão mais acertada quanto mais legítimas forem suas decisões. E a legitimidade do próprio Conselho depende, cada dia mais, de sua reforma. A cada ano que passa, mais urgente se faz uma solução para a falta de representatividade do Conselho de Segurança, o que corrói sua eficácia - afirmou a presidente Dilma.
Dilma lembrou ainda que o debate em torno da reforma do Conselho de Segurança da ONU já entra em seu 18º ano:

Não é possível protelar mais.O mundo precisa de um Conselho de Segurança que venha a refletir a realidade contemporânea; um Conselho que incorpore novos membros permanentes e não-permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento. O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente do conselho.

Sobre a crise financeira, Dilma mandou o recado de que todas as nações, incluindo os emergentes, devem procurar juntos soluções para enfrentar a crise econômica:
- Ou nos unimos todos e saímos juntos, vencedores, ou sairemos derrotados (...). O Brasil tem sido, até agora, menos afetado pela crise, mas sabemos que nossa capacidade de resistir não é ilimitada.

Logo no início, Dilma exaltou o fato de ser a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral:

- Pela primeira vez na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o debate geral. É com justificável orgulho de mulher que vivo esse momento histórico. Divido essa emoção com mais da metade dos seres humanos deste planeta que, como eu, nasceram mulheres.

" O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades como membro permanente do conselho "
A presidente começou o seu terceiro dia de trabalho em Nova York com uma audiência com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. Em seguida, fez o discurso de abertura.

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