A Presidenta Dilma Rousseff esteve segura e assertiva ao abrir a Assembléia da ONU.
Como mulher que sofreu tortura no cárcere, disse ela, se sentia como representante de todas as mulheres do mundo.
Assim ela encerrou sua exposição sob aplausos.
Com a autoridade de quem incorporou 42 milhões de brasileiros à classe media e, breve, erradicará a pobreza.
Porém, surpreendente foi a forma categórica com que ela advertiu a China e os Estados Unidos com suas políticas de manipulação do câmbio.
A China, com o câmbio fixo, e os EUA com a inundação de dólares para salvar as exportações.
Dilma falou com a autoridade de um país que tem uma política econômica com credibilidade.
E exigiu que os países ricos se concentrassem no problema mais urgente: a dívida soberana dos países europeus.
E uma regulação – que os EUA ainda não refizeram – do sistema financeiro, “fonte inesgotável de instabilidade”.
Dilma não tem meias palavras.
Os brasileiros já sabem disso.
Ela, se precisar, chuta a canela do adversário.
E assim fez hoje, com a naturalidade de quem sabia se deslocar de um ponto a outro do teleprompter.
Os países superavitários, como o Brasil e a China, tem que se proteger da crise com a valorização de seu mercado interno.
O Brasil fez a sua parte, ela disse.
Conteve gastos e gerou um vultoso superávit em suas contas fiscais.
O que garante, portanto, disse ela, os programas sociais (como o Bolsa Família) e os investimentos (PAC).
Fortalecer o mercado interno com distribuição e inovação !
Ela lembrou que há 18 anos a ONU estuda a reforma de seu Conselho de Segurança.
E o Brasil quer um assento permanente.
Há 140 anos está em paz com os vizinhos.
Está inscrito na Constituição que não pode ter bomba atômica.
O Brasil, portanto, é um agente da paz, uma Nação em que judeus e palestinos vivem em harmonia.
Por isso, o Brasil quer que a Palestina esteja plenamente representada na ONU, como um Estado soberano, com as fronteiras definidas em 1967.
É a melhor forma de Israel garantir a paz, disse ela.
Foi o discurso de uma Presidenta forte de um país forte.
Em tempo: lamentavelmente, em seguida, Obama expressou o sentimento do lobby israelense nos EUA e discordou da plena integração imediata do Estado da Palestina na ONU.
A História não lhe reserva um lugar de honra.
Paulo Henrique Amorim
Como mulher que sofreu tortura no cárcere, disse ela, se sentia como representante de todas as mulheres do mundo.
Assim ela encerrou sua exposição sob aplausos.
Com a autoridade de quem incorporou 42 milhões de brasileiros à classe media e, breve, erradicará a pobreza.
Porém, surpreendente foi a forma categórica com que ela advertiu a China e os Estados Unidos com suas políticas de manipulação do câmbio.
A China, com o câmbio fixo, e os EUA com a inundação de dólares para salvar as exportações.
Dilma falou com a autoridade de um país que tem uma política econômica com credibilidade.
E exigiu que os países ricos se concentrassem no problema mais urgente: a dívida soberana dos países europeus.
E uma regulação – que os EUA ainda não refizeram – do sistema financeiro, “fonte inesgotável de instabilidade”.
Dilma não tem meias palavras.
Os brasileiros já sabem disso.
Ela, se precisar, chuta a canela do adversário.
E assim fez hoje, com a naturalidade de quem sabia se deslocar de um ponto a outro do teleprompter.
Os países superavitários, como o Brasil e a China, tem que se proteger da crise com a valorização de seu mercado interno.
O Brasil fez a sua parte, ela disse.
Conteve gastos e gerou um vultoso superávit em suas contas fiscais.
O que garante, portanto, disse ela, os programas sociais (como o Bolsa Família) e os investimentos (PAC).
Fortalecer o mercado interno com distribuição e inovação !
Ela lembrou que há 18 anos a ONU estuda a reforma de seu Conselho de Segurança.
E o Brasil quer um assento permanente.
Há 140 anos está em paz com os vizinhos.
Está inscrito na Constituição que não pode ter bomba atômica.
O Brasil, portanto, é um agente da paz, uma Nação em que judeus e palestinos vivem em harmonia.
Por isso, o Brasil quer que a Palestina esteja plenamente representada na ONU, como um Estado soberano, com as fronteiras definidas em 1967.
É a melhor forma de Israel garantir a paz, disse ela.
Foi o discurso de uma Presidenta forte de um país forte.
Em tempo: lamentavelmente, em seguida, Obama expressou o sentimento do lobby israelense nos EUA e discordou da plena integração imediata do Estado da Palestina na ONU.
A História não lhe reserva um lugar de honra.
Paulo Henrique Amorim
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