Hoje, pelo 20° ano consecutivo, a Assembléia Geral da ONU condenou e pediu aos EUA a suspensão do bloqueio econômico contra Cuba. Como sempre a decisão foi esmagadora: 186 votos a favor e apenas dois contra (Estados Unidos e Israel).
Mas as decisões da ONU são assim: se coincidem com o desejo norteamericano são implementadas até a bala e bombas. Se os contrariam, apenas “não existem”, como que que manda Israel recuar seus exércitos para as fronteiras de 1967. É assim, passam-se décadas e nada acontece.
Os 50 anos deste bloqueio tiraram a ilha perto de US$ 1 trilhão de dólares. Custou menos caro, porém, que a dignidade que não entregou.
É isso o que faz com que a gente entenda o que disse o jornalista Fernando Morais, ao debater com o jornalista Fernando Mitre – em um clima civilizado, mas não de capitulação de ideias – sobre a situação de Cuba no Canal Livre da Band, que fui assistir por indicação da nossa inabalável leitora Geyse.
Reproduzo um trecho aí em cima, sem nenhuma alegria. Gostaria que o Mitre tivesse razão, e pudéssemos falar de Cuba como de um país que vive num quadro de normalidade. Infelizmente, não é. É um país que vive sob uma guerra econômica monstruosa, travada pela maior potência do plante, a apenas 90 milhas de seu litoral.
Fernando Morais, talvez o brasileiro que mais conheça a realidade cubana, não cai na armadilha de trata-la como um país que esteja vivendo em normalidade. Não está, e mesmo sob cerco atingiu conquistas socais e humanas que para nós ainda, lamentavelmente, parecem utopias.
Do Blog Tijolaço
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