Até segunda-feira (7), o senador precisa de 3.181 assinaturas para protocolar sua pré-candidatura. Tem apenas mil.
Marina Dias, na Terra Magazine
O senador Eduardo Suplicy, pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, diz que não irá desistir de concorrer às prévias internas do partido que decidirão o nome para 2012. Mesmo com a desistência de sua ex-mulher, a senadora Marta Suplicy, que não irá participar das eleições municipais a pedido da presidente Dilma Rousseff, ele afirma que não sairá do páreo. "Continuo empenhado e vou até o final".
No entanto, Suplicy tem até a próxima segunda-feira (7) para conseguir as 3.181 assinaturas necessárias para protocolar sua pré-candidatura e, até agora, conseguiu apenas mil. Mas não perdeu a esperança. "Aguardo o envio das assinaturas que foram recolhidas pelos presidentes dos diretórios zonais do PT em São Paulo. Pedi para que eles me mandem até este fim de semana, quando acontecem as últimas plenárias, das quais participarei", disse em entrevista a Terra Magazine.
Enquanto o senador trabalha pelas assinaturas, aliados do ministro da Educação, Fernando Haddad, nome favorito do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff para concorrer à Prefeitura da capital paulista, articulam para que os outros dois postulantes à vaga de candidato petista, os deputados federais Jilmar Tatto e Carlos Zarattini, também desistam de concorrer em 2012 e apoiem Haddad.
Os dirigentes esperam cancelar as prévias marcadas para 27 de novembro, pois não acreditam que Eduardo Suplicy consiga mais de 2 mil assinaturas nos próximos quatro dias.
O senador afirma que desistir de sair candidata foi uma "decisão pessoal de Marta", a qual respeita, mas que ainda não falou com ela sobre o assunto. "No último domingo (30), durante a plenária dos pré-candidatos, Marta estava muito entusiasmada, mas a presidenta Dilma e o presidente Lula terem feito esse apelo a ela (para que desista de concorrer em 2012), de alguma forma, alterou totalmente seu estado de espírito", declarou Suplicy.
Nos últimos dias, o senador lançou uma campanha nas redes sociais em que divulgou os telefones de sua casa para que os filiados petistas possam telefonar e conversar diretamente com ele. Na quarta-feira (2), Suplicy diz que recebeu cerca de 50 telefonemas e espera aumentar esse número entre esta quinta e sexta-feira, "dias normais de trabalho".
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