CHEVIGE GONZÁLEZ MARCOS / LA RADIO DEL SUR – O documentário sobre os chamados "Meninos Soldados" em Uganda e a promoção midiática do grupo armado supostamente liderado por Joseph Kony, é um instrumento para promover a ingerência militar ianque na África, assim denunciam pesquisadores como Michel Chossudovsky.
Em entrevista para a Radio del Sur, Chossudovsky afirma que é possível inclusive que o grupo armado que supostamente é liderado por Kony (Exército de Resistência do Senhor), seja impulsionado por agentes da inteligencia ocidental. "Não sabemos onde Joseph Kony está e há vários anos sabe-se que não está em Uganda" disse o pesquisador canadense.
Lembra que o exército regular de Uganda também tem recrutado crianças como soldados, no entanto os EEUU tem forças especiais treinando as tropas oficiais. No total, Washington enviou tropas de marines a 5 países africanos, na perspectiva de "apoiar estas nações em atividades anti-terroristas", com as perspectivas e filosofia do Pentágono.
"Quem está cometendo as atrocidades contra o povo africano? Há países como o Sudão, a República Democrática do Congo, Ruanda, Uganda, Etiópia e Somália onde as guerras civis tem causado mais de 8 milhões de mortes e são conflitos estimulados pelos EEUU", disse Chossudovsky. Acrescenta que é uma "guerra invisível dos EEUU contra a África porque ninguém menciona isso na imprensa ocidental".
Bases Militares ianques na África
Chossudovsky assinala que os EEUU não conseguiram estabelecer uma sede permanente para seu comando (AFRICOM) em território africano. Até agora dirigem as operações para a região em Sttutgart, na Alemanha.
As riquezas da região
“As riquezas mineiras do centro da África é tremenda", em Uganda há petróleo, são algumas das razões pelas quais há objetivos das grandes transnacionais na região, são também os objetivos do filme sobre os chamados "meninos soldados", disse Chossudovsky, que aponta que o documentário foi financiado pelo Chase Manhattan Bank, uma empresa do grupo Rockefeller.
As potências na África
O foco no continente africano é uma disputa sobre recursos naturais, especialmente os petrolíferos. As potências ocidentais tratam de garantir para si esta riqueza, que foi razão para a recente guerra contra a Líbia.
"Na Líbia, o motivo da guerra era tomar posse das reservas petrolíferas e retirar as petroleiras chinesas", disse o pesquisador canadense. Adverte que não faz uma apologia sobre a China, mas seu modo de intervenção na África é muito diferente do que tem exercido as potências coloniais como os EEUU, a Grã Bretanha e a França.
Vejam o texto original em CONTRAINJERENCIA
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