Após 1999 (último mapa à direita), continuou a invasão, o confisco e a ocupação dos territórios palestinos (em verde) por Israel com apoio dos EUA. Hoje, ainda continua e quase nada resta.
Resolução do Conselho de Direitos Humanos quer apurar ameaça israelense à população palestina
Por Marcelo Ninio, na “Folha”
“A ONU decidiu criar uma missão para apurar o impacto dos assentamentos judaicos na população palestina.
Israel condenou a iniciativa e o premiê Binyamin Netanyahu chamou de "hipócrita" o Conselho de Direitos Humanos [da ONU], no qual a decisão foi aprovada com folga.
Houve dez abstenções, 36 votos a favor e [como sempre] apenas um contra, dos EUA. O Brasil, atualmente fora do órgão, tem por tradição apoiar resoluções pró-palestinos.
A resolução expressa "grave preocupação" com a construção israelense nos territórios [invadidos militarmente e] ocupados e afirma que ela ameaça as chances da solução de dois Estados.
Houve outras cinco resoluções condenando Israel, metade das aprovadas pela atual sessão do conselho.
Para o governo israelense, isso é uma prova da politização do órgão e da "maioria automática" contra o país.
"Esse conselho deveria se envergonhar. Até hoje o conselho teve 91 decisões, 39 delas tratam de Israel, três de Síria e uma do Irã", disse Netanyahu em comunicado [É hipocrisia de Netanyahu. O maior nº de resoluções sobre Israel deve-se a esse país não respeitar resoluções da ONU, sempre apoiado pelos EUA].
Segundo a TV local [de Israel], o governo israelense não permitirá a visita da missão.
Apesar da pressão internacional, incluindo a [de fachada, só para fazer de conta] dos EUA, Israel mantém a construção na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas que [invadiu e] ocupa desde 1967. Nas duas áreas, vivem cerca de 500 mil israelenses.
O representante palestino no órgão, Ibrahim Khraishisaid, justificou a resolução afirmando que a ocupação deve ser considerada violação dos direitos humanos.
Ele rejeitou a acusação israelense de que os palestinos optaram por travar o conflito na ONU em vez de negociar um acordo.
"Não queremos isolar Israel", disse Khraishisaid. "Mas vemos que Israel não parou de [invadir e] tomar nossas terras e nós precisamos agir. Se isso continuar, como poderemos aplicar a solução de dois Estados?", indagou.
Embora tenha pouco efeito prático, a resolução aprovada ontem [pela ONU] em Genebra renova a pressão sobre Israel.
Além disso, representa vitória política para os palestinos, que amargam problemas internos depois do fracasso de mais uma tentativa de reconciliação entre as suas duas principais facções, Fatah e Hamas.”
FONTE: reportagem de Marcelo Ninio da “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/32930-onu-investigara-assentamentos-israelenses.shtml). [imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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