RECUERDOS DEL PARAGUAY: Greca ataca Requião
Deputado estadual Alexandre Curi (PMDB): “Greca tem que respeitar posições contrárias”
A articulação de um grupo de peemedebistas em favor de uma aliança com o prefeito Luciano Ducci (PSB) abriu uma “guerra” no partido do ex-governador e senador Roberto Requião (PMDB). Em nota divulgada ontem assinada por Requião, que preside o diretório do PMDB de Curitiba, e pelo pré-candidato do partido à prefeitura, Rafael Greca, os dois acusam a ala favorável ao apoio a Ducci de “vendilhões”, e nega que o grupo defensor da candidatura própria na Capital esteja isolado dentro da legenda. Em resposta, deputados que trabalham pela aproximação com o prefeito cobraram respeito às opiniões divergentes dentro da sigla.
A briga reflete a divisão do PMDB de Curitiba em relação as eleições municipais. Requião lançou Greca como pré-candidato na tentativa de manter o controle do partido na Capital, já que o Diretório Estadual é comandado pelos deputados estaduais. A bancada peemedebista na Assembleia Legislativa, que com 13 deputados é a maior da Casa, aderiu à base do governo Beto Richa (PSDB). E a maioria dos parlamentares trabalha nos bastidores para levar a legenda a uma aliança com Ducci, que tem no governador seu principal cabo eleitoral.
O próprio Richa vem negociando a adesão, na tentativa de atrair o PMDB não só para a chapa do atual prefeito, mas também já pensando em uma aliança com o partido visando às eleições para o governo em 2014. Com isso, o tucano isolaria o PT, que deve lançar a candidatura da ministra chefe da Casa Civil para a disputa estadual daqui há dois anos, e deve apoiar o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) nas eleições para prefeito da Capital. Em troca, o governador vem oferecendo aos deputados a possibilidade de indicação de um vice do PMDB na chapa de Ducci, e espaço no primeiro escalão do Executivo estadual.
Na segunda-feira, a ala favorável a um acordo com o prefeito divulgou nota afirmando que Requião e Greca estariam isolados dentro do partido. Segundo o texto, de autoria não identificada, o empresário Sérgio Ricci estaria assumindo a coordenação do grupo, que teria ainda apoio da maioria dos deputados e dos vereadores Algaci Tulio e Noêmia Rocha.
Em resposta, o diretório municipal peemedebista divulgou outra nota, negando o isolamento, e afirmando que “os ‘contra Greca’ são um mero bando dos 4 vendilhões”. O texto, porém, não diz quem seriam esses “vendilhões”. Ainda segundo a cúpula do partido, Ricci teria negado integrar a ala pró-Ducci. De acordo com o diretório, a candidatura de Greca é defendida por Requião e “seus 699 companheiros membros do colégio eleitoral”, que controlam o partido na Capital.
Respeito — Apontado como um dos defensores do apoio a Ducci, o deputado Alexandre Curi (PMDB) rebateu afirmando que Greca tem o direito de reivindicar a indicação de candidato próprio da legenda à prefeitura, mas não pode impedir que outros peemedebistas tenham opiniões diferentes. “O Greca se coloca como candidato, mas tem que respeitar posições contrárias. No PMDB tem gente que quer a aliança com o prefeito, como tem quem defenda o apoio ao (deputado federal) Ratinho Júnior (PSC), e outros que tentaram trazer o Gustavo Fruet para o PMDB. Ele (Greca) que dispute a convenção e vença”, afirmou.
Curi afirma não ver qualquer problema na possibilidade do PMDB abrir mão da candidatura própria em favor de Ducci. “O Ducci apoiou a reeleição do Requião em 2006 do começo ao fim. Tem amizade com ele. É respeitado”, lembrou, garantindo que ao contrário do que diz a nota do diretório, “não são quatro, mas várias pessoas” que defendem o apoio a reeleição do atual prefeito dentro do partido.
O deputado discorda da afirmação de que Requião e Greca estejam isolados, mas diz que a candidatura do ex-prefeito só se sustenta pela vontade do senador. “O Requião controla o diretório de Curitiba. Se ele disser que não quer o Greca, ele não faz dois votos”, avaliou.
Outro parlamentar apontado como favorável ao apoio a Ducci, o deputado Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) ironizou a reação de Greca. “O número de vendilhões no PMDB está aumentando”, brincou Stephanes, que sonha com a indicação de vice na chapa de reeleição do atual prefeito. (JE)
A briga reflete a divisão do PMDB de Curitiba em relação as eleições municipais. Requião lançou Greca como pré-candidato na tentativa de manter o controle do partido na Capital, já que o Diretório Estadual é comandado pelos deputados estaduais. A bancada peemedebista na Assembleia Legislativa, que com 13 deputados é a maior da Casa, aderiu à base do governo Beto Richa (PSDB). E a maioria dos parlamentares trabalha nos bastidores para levar a legenda a uma aliança com Ducci, que tem no governador seu principal cabo eleitoral.
O próprio Richa vem negociando a adesão, na tentativa de atrair o PMDB não só para a chapa do atual prefeito, mas também já pensando em uma aliança com o partido visando às eleições para o governo em 2014. Com isso, o tucano isolaria o PT, que deve lançar a candidatura da ministra chefe da Casa Civil para a disputa estadual daqui há dois anos, e deve apoiar o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) nas eleições para prefeito da Capital. Em troca, o governador vem oferecendo aos deputados a possibilidade de indicação de um vice do PMDB na chapa de Ducci, e espaço no primeiro escalão do Executivo estadual.
Na segunda-feira, a ala favorável a um acordo com o prefeito divulgou nota afirmando que Requião e Greca estariam isolados dentro do partido. Segundo o texto, de autoria não identificada, o empresário Sérgio Ricci estaria assumindo a coordenação do grupo, que teria ainda apoio da maioria dos deputados e dos vereadores Algaci Tulio e Noêmia Rocha.
Em resposta, o diretório municipal peemedebista divulgou outra nota, negando o isolamento, e afirmando que “os ‘contra Greca’ são um mero bando dos 4 vendilhões”. O texto, porém, não diz quem seriam esses “vendilhões”. Ainda segundo a cúpula do partido, Ricci teria negado integrar a ala pró-Ducci. De acordo com o diretório, a candidatura de Greca é defendida por Requião e “seus 699 companheiros membros do colégio eleitoral”, que controlam o partido na Capital.
Respeito — Apontado como um dos defensores do apoio a Ducci, o deputado Alexandre Curi (PMDB) rebateu afirmando que Greca tem o direito de reivindicar a indicação de candidato próprio da legenda à prefeitura, mas não pode impedir que outros peemedebistas tenham opiniões diferentes. “O Greca se coloca como candidato, mas tem que respeitar posições contrárias. No PMDB tem gente que quer a aliança com o prefeito, como tem quem defenda o apoio ao (deputado federal) Ratinho Júnior (PSC), e outros que tentaram trazer o Gustavo Fruet para o PMDB. Ele (Greca) que dispute a convenção e vença”, afirmou.
Curi afirma não ver qualquer problema na possibilidade do PMDB abrir mão da candidatura própria em favor de Ducci. “O Ducci apoiou a reeleição do Requião em 2006 do começo ao fim. Tem amizade com ele. É respeitado”, lembrou, garantindo que ao contrário do que diz a nota do diretório, “não são quatro, mas várias pessoas” que defendem o apoio a reeleição do atual prefeito dentro do partido.
O deputado discorda da afirmação de que Requião e Greca estejam isolados, mas diz que a candidatura do ex-prefeito só se sustenta pela vontade do senador. “O Requião controla o diretório de Curitiba. Se ele disser que não quer o Greca, ele não faz dois votos”, avaliou.
Outro parlamentar apontado como favorável ao apoio a Ducci, o deputado Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) ironizou a reação de Greca. “O número de vendilhões no PMDB está aumentando”, brincou Stephanes, que sonha com a indicação de vice na chapa de reeleição do atual prefeito. (JE)
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