Foto: Divulgação_Rueters TV_Folhapress
Empresário português Nuno Vasconcellos, que acaba de comprar o iG, é acusado em Portugal de ter acesso a informações sigilosas de concorrentes; na Inglaterra, Murdoch já depôs sobre grampos do News of the World; no Brasil, Civita tenta a todo custo evitar ida à CPI
247 – Na Inglaterra, berço da democracia moderna, os empresários de comunicação são obrigados a prestar contas à sociedade quando se envolvem em atividades ilegais, que colocam em risco a própria democracia. Foi o caso de Rupert Murdoch, que, na semana passada, teve de depor numa CPI relacionada aos grampos do jornal “News of the World”. Murdoch disse que não sabia de nada e que os jornalistas responsáveis por isso agiram sem o consentimento dos editores e patrões. Pediu desculpas publicamente.
O Brasil, com menos tradição democrática do que a Inglaterra, naturalmente se assemelha mais a Portugal. Mas lá os barões da mídia também vêm sendo ouvidos pela Justiça e pelo parlamento. Foi o caso de Nuno Vasconcellos, dono do grupo Ongoing, que acaba de comprar o portal de internet iG. Nesta sexta-feira, Nuno depôs num escândalo de espionagem empresarial. Isso porque o grupo Ongoing contratou os serviços do espião Jorge Silva, que repassava à empresa dossiês relacionados a políticos e empresários – com dados muitas vezes obtidos também por meio de grampos ilegais.
A serviço do bicheiro
No Brasil, a grande expectativa diz respeito à convocação – ou não – de Roberto Civita pela CPI do caso Carlos Cachoeira. Trechos do inquérito da Operação Monte Carlo, vazado pelo 247, apontam estreita ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. Diversas reportagens publicadas atendiam aos interesses políticos e empresariais do bicheiro.
Ontem, o 247 revelou que, de forma coordenada, pessoas ligadas a Cachoeira trabalharam pelo impeachment do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (leia mais aqui), porque interesses da construtora Delta em Brasília não vinham sendo atendidos.
Do Brasil247.
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