O ansioso blogueiro assistiu à entrevista gravada com Fernando Ferro à Record News – clique aqui para ler “Ferro, CPI: Civita é cúmplice” – e se permitiu fazer como o Mino Carta e dialogar com os próprios botões.
(Clique aqui para ver o vídeo da entrevista, no R7.)
Existe um nexo que organiza as atividades agora reunidas sob a CPMI da Veja.
Basta identificar os elementos do conjunto.
Demóstenes e Cachoeira filmam Valdomiro Diniz a chantagear Carlinhos Cachoeira.
Dois anos depois, divulgam a fita na Globo e na Veja, quando Diniz trabalhava no gabinete de José Dirceu.
Dirceu veta nomeação de Demóstenes Torres para o cargo de Secretário Geral de Justiça, onde supervisionária a política governamental para o jogo – legal ou não.
Clique aqui para ler “TV Record melou o mensalão”.
Demóstenes e Cachoeira filmam o ato de suborno nos Correios e dão origem ao mensalão, que, como diz o Mino, ainda está por provar-se.
A Globo e a Veja dão à cena do suborno máxima relevância.
Roberto Jefferson dá “um furo” à Folha e diz que aquilo é o mensalão.
No depoimento à CPI dos Correios, Jefferson apontou para o Palácio do Planalto do Lula e disse “o problema está lá”, ou seja, a roubalheira está lá.
Nessa CPI, o Lula só não caiu, porque o Feijóo não deixaria e o Fernando Henrique disse ao Agripino Maia para deixar o Lula sangrar, sangrar tanto, que chegasse às eleições exangue – e Fernando Henrique voltaria ao poder nos braços do povo (de Higienópolis).
Simultaneamente, o ínclito delegado Protógenes Queiroz investigava o banqueiro condenado por passar bola a um agente da Polícia Federal – clique aqui para ver o vídeo exibido pelo jornal nacional e que o ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo ignorou.
Daniel Dantas subornou o policial errado.
Porque Protógenes Queiroz e o destemido Juiz Fausto De Sanctis temeram pelo destino da Satiagraha, depois que um policial agora preso com Cachoeira compartilhou com uma “repórter” da Folha a informação de que a Satiagraha estava para ser deflagrada e a “repórter” avisou Dantas.
Foi preciso “trocar” de delegado e Dantas não foi nada “brilhante” – subornou o falso Protógenes.
Quando Dantas foi preso, aparece no jornal nacional a declaração de um empregado dele: Dantas só tem a temer a Primeira Instância porque, nas mais Altas Instâncias ele “tem facilidades”.
Dantas obteve dois HCs Canguru, num espaço de 48 horas, concedidos por aquele que se tornou famoso como Gilmar Dantas.
Um dos motivos para um dos HC Canguru foi para proteger a supra-mencionada “repórter” da Folha da “sanha” do ínclito delegado Protógenes: uma ameaça à liberdade de imprensa!
Este mesmo Ministro do Supremo aparece num grampo sem áudio em conversa com o senador Demóstenes Torres.
Gilmar Dantas se vale deste grampo sem áudio, divulgado pela Veja de Robert(o) Civita e amplificado pelo jornal nacional, para destituir o ínclito delegado Paulo Lacerda, desmontar a Satiagraha e tirar Daniel Dantas da forca, de novo.
(O então diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, que perseguiu Protógenes Queiroz com dezenas de ações judiciais, ainda não achou esse áudio até hoje.
Recentemente, Corrêa foi dispensado chefia da área de Segurança da Copa, nomeado pelo inesquecível Ricardo Teixeira, por suspeitas de corrupção.)
Nas escutas autorizadas da Satiagraha, aparece um diálogo de Dantas com uma funcionária de seu banco, a discutir sobre quando entrar com HC no Supremo.
Ele prefere entrar quando o Supremo estivesse em recesso, para que a decisão fosse de seu Supremo Presidente de plantão, Gilmar Dantas.
Foi o que se deu.
Uma das “reportagens” de capa da Veja foi a “denúncia” de que Lula tinha conta secreta no exterior.
A reportagem – segundo a própria Veja – foi escrita a quatro mãos por um de seus repórteres (depois assessor de imprensa de Cerra) e Daniel Dantas.
E a própria Veja confessa que não teve como confirmar a informação.
E mesmo assim publicou.
Depois, o senador Heráclito Fortes, que empregava a filha do Fernando Henrique e se notabilizou por liderar a Bancada Dantas no Senado, reuniu em casa para jantar o Daniel Dantas e o então Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos.
Dantas provou que era um santinho, especialmente entre esfihas e grão de bico com muito azeite.
Hoje, Thomaz Bastos é advogado de Cachoeira.
Que já desistiu da “delação premiada”.
Até aí, amigo navegante, o que se tem é a conjunção de esforços com o objetivo de desmanchar o Governo Lula – através de José Dirceu – e salvar Daniel Dantas, ou seja, o Governo Fernando Henrique, que presidiu a Privataria e nomeou Gilmar Dantas para o Supremo.
Como Advogado Geral da União de Fernando Henrique, Gilmar Dantas deu a substância jurídica para a Privataria.
Depois, o livro do Amaury Ribeiro Junior revelou que o clã Cerra foi quem mais se beneficiou – em dinheiro – da Privataria, a maior roubalheira numa Privataria latino-americana.
A “ação criminosa” que uniu Robert(o) Civita a Cachoeira tinha por objetivo – entre outros muitos – beneficiar a empreiteira Delta.
A empreiteira Delta operava com Cachoeira e o empregado de Robert(o), o Policarpo.
(Na Inglaterra, o Parlamento considerou que Rupert Civita foi “leniente” com a ação criminosa de seus “repórteres”.)
Eram “reportagens” para o Cachoeira e a Delta ganharem dinheiro.
A Delta operava em Goiás, no Distrito Federal, no Rio e no Governo Cerra, em São Paulo.
No auge da campanha presidencial, Cerra precisava de um favorzinho no Supremo e, ao telefone, se dirigiu a Gilmar Dantas como “meu presidente!”.
Demóstenes diz a Cachoeira que “Gilmar mandou buscar” no Supremo um processo que interessava aos negócios de Cachoeira.
Como disse Fernando Ferro, a Veja e Cachoeira pretendiam fazer de Demóstenes, o “Catão do Cerrado”, Ministro do Supremo.
José de Abreu revelou no twitter que Robert(o) Civita disse a um interlocutor que seu objetivo na vida era destruir o Lula.
Numa boa.
Agora, o PiG se fecha em bloco para proteger o Robert(o) Civita.
Tocou nele, tocou em todos nós.
E a vingança será implacável.
A Globo tem sido a mais conspícua defensora do Robert(o).
O Merval (veja o que o Mauricio Dias pensa dele) e a Urubologa acham muito natural jornalista conversar com bandido.
Dar 200 telefones a um mesmo bandido, com a mesma finalidade: derrubar o Lula.
Muito natural.
Como os cem telefonemas que o Eduardo Jorge dava ao Juiz Lalau, da sala ao lado do gabinete presidencial do Fernando Henrique.
Muito natural.
Claro que a Globo tem que defender o Robert(o).
A Globo não tem produção própria.
Ela pega o detrito sólido de maré baixa da Veja e transforma em Chanel # 5.
Sem a Veja e o Chanel # 5 do Ali Kamel, o Golpe ficaria mais fraco.
Caro amigo navegante, não é preciso ter a argúcia de um "colonista" do PiG para perceber.
Por trás dessa grande confusão, é como diz o Amaury das operações de lavagem de dinheiro do clã Cerra na Privataria: era tudo muito simples.
É tudo muito simples.
É só dar o fio que ordena as contas do colar.
O negócio era e é derrubar o Lula e entregar ao Cerra.
A CPI da Veja é a CPI do Golpe.
Paulo Henrique Amorim
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