Guerrilheiro Virtual

domingo, 6 de maio de 2012

François Hollande é o novo presidente da França

Socialista teve 51,6% dos votos contra 48,4% para Nicolas Sarkozy
http://i2.r7.com/françois-hollande-eleito.jpg

Reuters
 
François Hollande foi eleito em uma disputa acirrada contra o atual presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com 51,6% dos fotos, o candidato socialista assume o poder

Publicidade
Após uma votação acirrada, François Hollande é eleito o novo presidente da França, com 51,6% dos votos. O candidato socialista disputava o cargo com o atual presidente do País, Nicolas Sarkozy, que obteve 48,4% nas urnas.

A taxa de abstenção foi de 18,86%, abaixo dos 20,52% do primeiro turno, e mais de dois milhões votaram em branco ou nulo.

Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Hollande afirmou que a "austeridade não deve ser uma fatalidade" entre os diversos governos de uma Europa em crise. O pronunciamento foi feito antes mesmo do final da apuração das urnas.



— Hoje mesmo, responsável pelo futuro do nosso País, estou ciente de que toda a Europa nos observa. Na hora em que o resultado foi anunciado, tive a certeza que em diversos países europeus houve um sentimento de alívio e de esperança, de que, por fim, a austeridade não deve ser mais uma fatalidade. Neste 6 de maio, os franceses escolheram a mudança para me levar à presidência da República e estou orgulhoso por ter sido capaz de devolver esta esperança. Prometo ser o presidente de todos.

Logo após o término da votação, por volta das 20h (horário local), Sarkozy reconheceu a derrota e chamou Hollande de "novo presidente", afirmando que o "povo francês elegeu de forma democrática e republicana".

O atual chefe de Estado assumiu "toda a responsabilidade pela derrota" e comunicou a seus partidários que não liderará a luta para as eleições legislativas, previstas para 10 e 17 de junho.

— Não se dividam, permaneçam unidos. É preciso vencer a batalha das legislativas. Podemos ganhar. O resultado [deste domingo] foi honroso. Mas não vou liderar esta campanha. Minha posição não pode ser a mesma. Meu compromisso com a vida do meu País será diferente agora.


Hollande anunciou que renegociará o pacto fiscal europeu de ajustes e austeridade, elaborado por Sarkozy e pela alemã Angela Merkel, como parte de uma aliança batizada por ele de 'Merkozy', visando o acréscimo de um capítulo de apoio ao crescimento.

Segundo o diretor de campanha de Hollande, Pierre Moscovici, a chanceler alemã telefonou para felicitar Hollande por sua vitória e convidá-lo a visitar Berlim, revelou o governo alemão.

— Merkel ligou para cumprimentá-lo pela vitória e ambos acertaram um primeiro encontro e trabalhar juntos para fortalecer a relação franco-alemã em prol da Europa.

O primeiro-ministro conservador britânico, David Cameron, também telefonou a Hollande para cumprimentá-lo pela vitória e os dois se disseram "impacientes para trabalhar muito estreitamente e para construir uma relação muito próxima, que já existe entre Grã-Bretanha e França", destacou Downing Street.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, felicitou "calorosamente" Hollande por sua eleição e disse que "claramente temos um objetivo comum: relançar a economia europeia para gerar um crescimento duradouro".

Hollande venceu com o apoio incondicional do candidato da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon (11,10% dos votos no primeiro turno), da ambientalista Eva Joly (2,31%) e do centrista François Bayrou (9,13%), mas a dirigente da Frente Nacional (FN, extrema direita), Marine Le Pen (quase 18%), defendeu o voto em branco, apesar de criticar Sarkozy com virulência.

A campanha na França, como as demais, foi marcada pela crise financeira que castiga duramente países como Espanha, Grécia, Itália e Portugal, e por questões como imigração e segurança nas fronteiras, com claro avanço da extrema direita.

Assista ao vídeo


Do R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário

”Sendo este um espaço democrático, os comentários aqui postados são de total responsabilidade dos seus emitentes, não representando necessariamente a opinião de seus editores. Nós, nos reservamos o direito de, dentro das limitações de tempo, resumir ou deletar os comentários que tiverem conteúdo contrário às normas éticas deste blog. Não será tolerado Insulto, difamação ou ataques pessoais. Os editores não se responsabilizam pelo conteúdo dos comentários dos leitores, mas adverte que, textos ofensivos à quem quer que seja, ou que contenham agressão, discriminação, palavrões, ou que de alguma forma incitem a violência, ou transgridam leis e normas vigentes no Brasil, serão excluídos.”