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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Arquiteto e telefonema mostram que Perillo mentiu e vendeu casa para Cachoeira

O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mentiu à comissão ao explicar a venda da sua casa no ano passado. "Com certeza (o governador mentiu). Está evidente que a história foi uma história montada. A história da casa é para negar a relação do governador com o senhor Carlinhos Cachoeira", afirmou Odair, ao fim do depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem.

Odair Cunha disse que há interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, onde Cachoeira manda rasgar um contrato de compra e venda firmado diretamente com Perillo.


A casa foi paga com três cheques de uma empresa que tem como sócio um sobrinho de Cachoeira.


Para Cunha, outra prova da transação é a de que a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, contratou o arquiteto Alexandre Milhomem por R$ 50 mil para decorar a casa em maio, quando os cheques de familiares de Cachoeira já estavam sendo pagos a Perillo. O arquiteto, que depôs na CPI, também calculou que as compras de móveis e objetos de decoração para a casa somaram cerca de R$ 500 mil, pagos por Andressa.


Parte do pagamento pela decoração foi paga pela empresa Alberto e Pantoja, que, segundo a Polícia Federal, recebeu repasses da Delta Construções, investigada como parte do esquema atribuído a Carlinhos Cachoeira.


Ao ser perguntado se o governador teria mentido em seu depoimento, Cunha respondeu:


"Com certeza. Está evidente que a história foi uma história montada. A história da casa é para negar a relação do governador com o senhor Carlos Cachoeira.

(...)
fica cada vez mais evidente pelos áudios da Polícia Federal, que dão conta que Carlos Cachoeira queria comprar a casa em fevereiro, que dão conta da preocupação de Carlinhos Cachoeira com a casa estar no seu nome em abril, que dão conta da decoração dessa casa, que dão conta de que Cachoeira queria vender a casa no final de junho e no começo do mês de julho" - disse.


Por fim, quando Cachoeira foi preso no início deste ano, ainda estava morando nesta casa.


O relator observou que, se tivesse interesse em esclarecer o fato, Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor especial do governador goiano, não teria pedido um habeas corpus para permanecer em silêncio nesta terça na CPI. Fiúza participou da negociação da venda da casa de Perillo.


A bancada demotucana na CPI acabou se revelando querendo blindar Perillo e Cachoeira, ao reclamar do trabalho meticuloso do relator. (Com informações da
Agência Brasil e Agência Estado). 

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