Alguém já viu, já leu uma denúncia contra Miro Teixeira? Acredito que
não. E nunca houve porque Miro Teixeira é protegido do PiG.O PiG não
acusa Miro Teixeira e Miro Teixeira defende ardentemente o PiG.Simples
assim.
Deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) se levantou contra a convocação de
Policarpo Júnior, de Veja, alegando que, depois dele, outros jornalistas
seriam coagidos. “Não querem pegar o ladrão, mas quem pega o ladrão”,
disse. Num grampo oficial, Policarpo pede ao bicheiro Carlos Cachoeira
que levante ligações de um deputado. Ou seja: à imprensa, tudo é
permitido, inclusive grampear Miro Teixeira
Policarpo Júnior, editor de Veja em Brasília, teve um aliado na sessão
da CPI do caso Cachoeira que, nesta terça-feira, vetou sua convocação.
Foi o deputado Miro Teixeira, ex-ministro das Comunicações no primeiro
governo Lula, e que mantém boas relações com as Organizações Globo. “Policarpo
será o primeiro, mas depois isso aqui vai se tornar um estado policial.
Isso aqui vai se tornar uma Argentina. Não querem pegar o ladrão, mas
quem busca o ladrão", disse Miro, defendendo a não convocação do
editor-chefe de Veja. "Chamo a atenção de cada jornalista deste país,
dos meios de comunicação. É assim que começa um movimento, não é uma
questão pessoal. Esse seria o primeiro, e outros virão atrás. A
intimidação, a coação poderá ir ao plano estadual, ao plano municipal".
Para Miro, a imprensa é a única entidade privada que investiga o poder.
"O resto é tudo chapa branca".
Neste fim de semana, reportagem de capa da revista Carta Capital trouxe
uma ligação telefônica em que Policarpo pede ao bicheiro Carlos
Cachoeira que levante “algumas ligações” do deputado Jovair Arantes
(PTB/GO), que concorre à prefeitura de Goiânia. E o bicheiro repassa a
tarefa ao araponga Idalberto Matias, o Dadá, especializado em grampos
ilegais e, portanto, clandestinos.
Pela lógica de Miro, Jovair deve se encaixar na figura do “ladrão”. Dadá
e Cachoeira seriam integrantes da “entidade privada que investiga o
poder”. Como Miro já foi ministro das Comunicações, onde se envolveu em
algumas questões bilionárias, como a definição do padrão de televisão
digital no Brasil e as disputas societárias do setor, não haveria nada
de anormal se alguém decidisse, por exemplo, contratar espiões
particulares para levantar suas informações financeiras e suas ligações
telefônicas.
Passar essa história a limpo, na verdade, não significa implantar um
Estado Policial no Brasil. E Policarpo Júnior, como jornalista de ponta
da principal revista brasileira, deveria ser o primeiro interessado em
comparecer à CPI para falar diante dos parlamentares.
Na Inglaterra, país livre, Rupert Murdoch falou diante de uma CPI. No
Brasil, os parlamentares se acovardam diante de uma falsa liberdade de
imprensa, que tem sido usada como instrumento de chantagem e extorsão.
Da redação, com informações de Brasil-247
Da redação, com informações de Brasil-247
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