Césare Battisti é escritor e está lançando o livro "Ao Pé do Muro"
O escritor e ativista social, Césare Battisti estaria sendo vítima
de uma nova empreitada para ter forçada sua deportação para qualquer
país, uma vez que a extradição para a Itália tornou-se impossível a
partir das decisões do Supremo Tribunal Federal e do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. A denúncia é feita pelo ex-professor da Unicamp e
defensor histórico dos direitos humanos, Carlos Lungarzo.
Na semana passada, Lungarzo repercutiu uma matéria publicada pelo
site Última Instância, segundo o qual “O juiz federal Alexandre Vidigal,
titular da 20ª Vara no Distrito Federal, determinou que a Polícia
Federal informe, no prazo de cinco dias, o endereço de Cesare Battisti
que consta atualmente nos cadastros da PF.”
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De acordo com Lungarzo, isso ocorre ao mesmo tempo em que, na Itália, mais de cinco mil blogs, jornais e revistas eletrônicos difundiram notícias alarmistas do tipo: “Battisti desaparecido”; “Battisti voltou a fugir”; “Justiça brasileira procura Battisti”.
A justificativa para o fato de Battisti estar fora de seu domicílio é que o escritor italiano se dedica a promover o último livro, Ao pé do muro, em várias cidades brasileiras. Inclusive, no último dia 28 de julho, o escritor esteve em Caxias do Sul/ RS para fazer o lançamento de seu livro e teve o evento tumultuado por radicais. (Leia aqui)
Para tentar resolver o conflito, o senador Eduardo Suplicy (PT/SP) e o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, se encontraram com o juiz Vidigal e provaram que Battisti tem domicílio legal declarado, conhecido, público.
No ano passado, o procurador Hélio Heringer disse que o visto dado a Césare era ilegal, e que ele deveria ser deportado ao “México, à França ou a qualquer outro país que o aceitasse”. A denúncia foi feita na mesma vara: 20ª do Distrito Federal. O juiz Walter Maierovitch, no entanto, escreveu na Carta Capital que isto era inviável e não passava de uma tentativa de extradição disfarçada.
De acordo ainda com o ativista brasileiro, “fontes seguras” disseram que a embaixada italiana está tentando criar situação que lhe permita atribuir a Battisti algum delito;” um agente contratado pela Itália vem fazendo diversas provocações há alguns meses, na (por enquanto vã) tentativa de desestabilizar psicologicamente o escritor” e forçar uma extradição para países que, como a França, são hostis a Battisti.
Da Redação, com informações do blog Náufrago da Utopia
Do Vermelho
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